METRO DE LISBOA – Utentes e trabalhadores, a mesma luta!

METRO DE LISBOA
UTENTES E TRABALHADORES – A MESMA LUTA!

Os trabalhadores do Metro têm desenvolvido um conjunto de lutas em defesa do Acordo de Empresa.

O Governo e o CG do Metropolitano, ao mesmo tempo que recusam dialogar com os trabalhadores, lançaram uma ofensiva, na Comunicação Social que controlam, assente na mentira e na mistificação, na tentativa de virar os utentes contra os trabalhadores do Metro.

É uma estratégia conhecida e utilizada há 30 anos, para justificar os ataques sucessivos aos direitos dos trabalhadores, apresentados como “privilégios”, com os resultados que todos conhecemos: A destruição dos direitos e a degradação do poder de compra dos trabalhadores e do conjunto da população e o aumento dos verdadeiros privilégios para o Grande Capital e os seus "boys".

O Governo e o Conselho de Gerência, têm como estratégia para o Metropolitano criar as condições para: proceder à sua privatização e colocar mais este serviço e esta empresa pública nas mãos do capital privado à custa dos trabalhadores e dos utentes.

Esta estratégia do Governo e do Conselho de Gerência desenvolve-se há anos:

    – Enquanto entre 1997 e 2006 a rede do metro se expande de 20,6 km para 35,6 km, e passa de duas para quatro linhas em operação, aumentando o número de estações de 30 para 48, multiplicaram-se as reestruturações, criando mais e mais cargos de direcção cada vez mais bem pagos, entregaram-se de forma crescente serviços a terceiros, e reduziram-se 403 postos de trabalho, afectando de forma grave a segurança de circulação e a qualidade do serviço prestado pelo Metropolitano. Assistindo-se todos os dias a inúmeras avarias nas linhas do Metropolitano, com prejuízo na prestação do serviço.

    – Prejudicam a Empresa pagando-lhe indemnizações compensatórias insuficientes face ao serviço público que desenvolve e está obrigada a prestar conforme reconhece a Comissão Inter-Ministerial de Análise às Contas Públicas no seu Relatório de Julho de 2002 e na repartição das verbas do passe social a favor dos privados, conforme reconhece o Tribunal de Contas em auditoria de 2001.

E é nesta lógica privatizadora que o Governo e o Conselho de Gerência apostam na destruição do Acordo de Empresa, sistemática e livremente negociado ao longo de 30 anos, procura destruir os direitos dos trabalhadores em mais este sector de actividade e tornar a Empresa mais apetecível para a privatização.

Os utentes do Metro, na maioria trabalhadores, têm tudo a ganhar com a luta dos trabalhadores do Metropolitano:

    – Porque a ofensiva contra os direitos e os rendimentos dos trabalhadores é geral, e por isso cada derrota desta ofensiva é uma vitória para todos os trabalhadores.

    – Porque a concretização da privatização do Metropolitano, à semelhança de todas as outras privatizações efectuadas até hoje, implicará um aumento dos preços pagos pelos utentes e a progressiva degradação do serviço.

O Executivo da Direcção Regional de Lisboa do Partido Comunista Português expressa a sua solidariedade activa com a luta dos trabalhadores do Metropolitano, e reafirma a sua confiança que trabalhadores e utentes – na luta – conseguirão derrotar as intenções privatizadoras do Governo.

Janeiro de 2007
O Executivo da DORL do P.C.P.