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Jantar-Debate contou com mais de seis dezenas de camaradas e amigos Micro, Pequenos e Médios Empresários dos vários concelhos do distrito e dos mais variados ramos de atividade

20160311 203501Realizou-se no dia 11 de Março no Salão do Centro de Trabalho Vitória um Jantar/Debate com Micro,Pequenos e Médios Empresários promovido pela Coordenadora Distrital de Lisboa para os MPME doPCP. Participaram os camaradas Bruno Dias, deputado e membro do Comité Central, e Agostinho Lopes, responsável nacional pela frente de trabalho dos MPME e membro do Comité Central do PCP. 

 

20160311 203516Esta iniciativa contou com a participação de mais de seis dezenas de camaradas e amigos Micro,Pequenos e Médios Empresários dos vários concelhos do distrito e dos mais variados ramos de atividade (táxi, mármores, comércio e distribuição de gaz, turismo, construção civil, cabeleireiros, liberais, eventos, espetáculos, industria metálica, mobiliário, ramo automóvel…) A Zona Norte da Área Metropolitana de Lisboa, conta com mais de 240 mil, Micro Pequenos e Médios Empresários, sector que nos últimos anos, fruto das políticas económicas, na produção e no consumo, sob a tutela das diretrizes comunitárias, de que os sucessivos governos foram sendo, cumpridores zelosos e obedientes, seguiu um rumo de inevitável destruição de grande parte do tecido empresarial. Todo o espaço foi concedido às grandes empresas nacionais e multinacionais, bem como às suas estruturas de especulação financeira, e, em contra partida, todo o espaço foi sendo sonegado às Micro, Pequenas e Médias Empresas. Em debate estiveram o Orçamento de Estado para 2016 e as suas repercussões nas Micro Pequenas e Médias Empresas, bem como o trabalho do Partido nesta importante frente de trabalho. Nas diversas intervenções realizadas foi considerado necessário que o Orçamento de Estado, desse sinais mais fortes, para esta classe. Independentemente das medidas já contempladas, as quais poderão contribuir para o aumento de Poder de Compra das populações, fazendo-se refletir nas empresas, é insuficiente.

A diminuição do IVA na Restauração é pouco, e trás custos administrativos para este sector. Era muito importante que outras medidas fossem concretizadas, tais como: redução do Pagamento Especial por Conta (faseadamente até à sua total eliminação), Criação de conta corrente, anulando-se o IVA de caixa… A luta dos Taxistas, os abusos que verificam em total desrespeito pela Lei da Concorrência, a influência nefasta das grandes superfícies, bem como a falta de apoios do atual Quadro Comunitário não favorecendo as MPME, foram outros dos temas abordados. Em matéria fiscal, a teoria e a realidade parecem estar cada vez mais afastadas, lesando sempre as Micro e Pequenas Empresas. A constante criação pela AT de micro entidades definidas com base em números, não assentes em nenhuma base científica e visando sempre o mesmo objetivo, cobrar mais receita sem nenhuma preocupação com a sustentabilidade das Micro e Pequenas Empresas, é inaceitável. Foi considerado ser necessária uma profunda alteração da política fiscal. No plano partidário, foi ainda salientada a importância da preparação do XX Congresso do Partido e a necessidade dos empresários militantes do PCP se assumirem cada vez mais publicamente na sua condição de militantes comunistas e empresários, condição fundamental para o reforço do papel do Partido na defesa dos interesses desta camada. O reforço da classe passa por uma cada vez maior implementação das estruturas unitárias, na sua reivindicação dos interesses dos Micro, Pequenos e Médios Empresários, junto do Poder Central De salientar a inscrição de um novo militante no decorrer da iniciativa.