Intervenção de Ricardo Costa no Comício realizado no dia 8 de Fevereiro no Forúm Lisboa

Intervenção de Ricardo Costa, membro do Comité Central e da Direcção da Organização Regional de Lisboa e seus organismos executivos no Comício realizado no dia 8 de Fevereiro no Forúm Lisboa

 

Camaradas e amigos

 

O Pais encontra-se sob o jugo de uma agressiva e brutal ofensiva concretizada pela política de direita. Os seus executores a troika nacional PSD/PS/CDS juntamente com a troika estrangeira tem conduzido o País a um estado de recessão e regressão politica,económica, social, cultural.

 

O PCP com a campanha “Derrotar o governo Recuperar salários e direitos Roubados” onde se insere este nosso comício, procura levar para a rua, para o povo e os trabalhadores o esclarecimento e a alternativa ao rumo a que esta politica tem conduzido o País. A alteração do rumo em que o País está, só se pode concretizar na base de uma política diferente, uma política que veja nos recursos nacionais, nos trabalhadores, nos jovens, o potencial que existe, e que esse potencial seja usado ao serviço de todos e do País e não ao serviço do grande capital, dos grupos monopolistas. A Produção da riqueza no nosso país tem que servir para a melhoria das condições de vida do povo Português e não para encher os bolsos de umas dezenas de grandes capitalistas que usurpam diariamente a força de trabalho dos que produzem.

 

Camaradas

 

Sabemos que esta é a realidade que urge combater, para isso precisamos de ter um partido mais forte, mais interventivo em todos os planos, é neste sentido que as decisões do Comité Central de 15 e 16 de Dezembro apontam, lançando já as principais e prioritárias tarefas a concretizar por todo o colectivo partidário.

 

No plano do distrito a Direcção da Organização Regional de Lisboa, já definiu as linhas gerais do trabalho a concretizar no ano de 2014. Apreciámos o trabalho realizado no ano de 2013, identificando onde este ficou aquém do que tínhamos definido, mas também valorizamos muito do que foi feito. Perceber o que fomos capaz de andar é importante para conhecermos o ponto da situação em que nos encontramos, mais importante agora é que traçadas as linhas gerais do trabalho possamos seguir em frente, conseguir o que não conseguimos, ir mais além no que temos para concretizar.

 

Assim a DORL concretizando as decisões do XIX Congresso, as decisões do CC e em consonância com o definido na VII Assembleia da Organização Regional de Lisboa, definiu para o ano de 2014 como uma das prioridades de trabalho a intervenção do Partido nas empresas e locais de trabalho, procurando o reforço orgânico do Partido. Para a concretização deste objectivo está colocada a necessidade de em cada organização do partido se discutir e fazer o balanço dos desenvolvimentos do trabalho junto das empresas e locais de trabalho e definir os objectivos para 2014,

 

 

-Definir as empresas prioritárias, identificar as células do partido nas empresas que precisamos de criar e dar regularidade ao seu funcionamento.

 

-Decidir sobre as medidas de quadros a tomar para concretizar estes objectivos

-Envolvermo-nos no reforço das organizações de massas, no reforço do MSU e das CT’s.

-Intensificar a luta de massas e acção reivindicativa.

 

-Ter intervenção sobre os problemas nos locais de trabalho e conhecer a realidade dos mesmos a partir das comissões concelhias, de cada comissão de freguesia, e sempre em ligação com o sector de empresas do concelho.

-Reforçar os organismos de direcção das empresas.

 

O nosso trabalho enquadra-se nas linhas de trabalho e decisões do CC, com particular relevo na concretização da acção de contacto com os membros do Partido, explorando todas as possibilidades que esta acção nos coloca, em que o objectivo não é apenas a actualização dos dados ou a entrega do novo cartão a cada camarada, mas também o aprofundamento da participação de cada um, a elevação da militância, o reforço geral do Partido e para isso é preciso que em cada organização se planifique esta acção. Impõem-se assim avaliando em cada organização as necessidades de reforço do Partido:

 

– Concretizar com base nessas necessidades a responsabilização de quadros e tarefas a atribuir;

– Ver as questões que importa colocar e resolver com cada militante que vai ser contactado;

– Potenciar a difusão do avante e do militante;

 

– Definir aqueles que importa abordar para aderirem ao Partido, ligando esta acção de contactos com a campanha nacional de recrutamento, tornará mais fácil concretizarmos o objectivo traçado.

 

Múltiplas são as tarefas e os objectivos que temos pela frente,

 

As comemorações do 40º aniversário do 25 de Abril, são este ano. Comemorar a Revolução de Abril esse momento alto de progresso revolucionário conseguido no nosso país, onde o PCP, com os trabalhadores, o povo e os militares de Abril teve um papel insubstituível na sua realização e defesa, significa afirmar a necessidade da ruptura com esta politica e a derrota deste Governo, significa afirmar as conquistas históricas de Abril, dos avanços revolucionários conseguidos e a defesa dos seus valores como alternativa politica ao rumo de desastre nacional a que a política de direita e os governos que a praticaram nos conduziram, como mais uma vez está à vista com a acção do actual governo.

 

Outra das batalhas que temos pela frente são as eleições para o Parlamento Europeu de 25 de Maio. A todos nós se coloca a necessidade de participar nesta batalha que tem na segunda-feira próxima no Hotel Altis às 18h o seu arranque com o acto público de apresentação do camarada João Ferreira como primeiro candidato da lista da CDU.

Camaradas

Estamos perante mais umas eleições, saímos reforçados das últimas autárquicas, e sairemos reforçados certamente destas eleições também, para isso é fundamental a planificação da campanha no distrito, levando as propostas da CDU a cada empresa e local de trabalho, a cada concelho, a cada freguesia, a cada bairro, esclarecendo, mobilizando para o voto e para o combate a esta política. Afirmando o nosso posicionamento relativamente ao papel da UE, sem a desligar da situação nacional e da sua influência a partir das decisões tomadas no parlamento europeu em conjugação com os governos ao serviço do grande capital.

 

Termino camaradas

 

Dando especial relevo à luta de massas, ao que fizemos e ao que ainda temos que travar, com o objectivo de derrotar este governo e esta política, pela marcação de eleições legislativas antecipadas que permitam ao povo português decidir do seu futuro, dinamizando a acção reivindicativa em cada empresa e local de trabalho.

 

Camaradas no plano do distrito a luta tem sido intensa, os reformados e as suas estruturas unitárias em particular o Murpi/Farpil tem dado combate aos cortes nas pensões, no sector do comércio e serviços a luta dos trabalhadores do Dia/Minipreço, da Moviflor pela viabilidade da empresa e a defesa dos postos de trabalho, no sector dos transportes os trabalhadores e reformados do sector tem dinamizado a luta em defesa das suas empresas, dos seus direitos e salários seja na Carris, no Metro na CP e CP Carga, Refer, Emef, na SPDH, no porto de Lisboa, no sector das comunicações a luta contra a privatização dos CTT, a luta dos trabalhadores das paginas amarelas, no sector da saúde os trabalhadores lutam contra o encerramento de serviços e a centralização das urgências hospitalares, os trabalhadores da INCM, a luta dos Bolseiros de investigação cientifica, a luta das comissões de utentes dos transportes e da saúde, a luta dos estudantes do secundário, no plano nacional as grandes acções da CGTP-IN realizadas a 19 de Dezembro e 1 Fevereiro que tiveram grande impacto e as marchas já agendadas para o dia 27 de Fevereiro em Lisboa e no Porto, bem como a semana de luta no inicio do mês de Março, a preparação do dia 28 de Março Dia Nacional da Juventude e o 1º de Maio, só nos podem trazer confiança e certeza que a vitória será nossa, do povo e do país.

 

Confiando no nosso partido, o Partido Comunista Português, com a sua história, identidade e força, a construção de uma sociedade diferente será conseguida, lutamos e construímos passo a passo, etapa a etapa afirmando a democracia avançada, os valores de Abril no futuro de Portugal como elemento essencial para a defesa e desenvolvimento dos direitos, liberdades e garantias do Povo Português, para a construção de uma nova sociedade, construção que com o envolvimento da classe operária e de todos os trabalhadores nos levará ao objectivo supremo por que lutamos uma sociedade sem explorados nem exploradores, o socialismo e o Comunismo.

 

Viva a classe operária e todos os trabalhadores

Viva a luta dos trabalhadores

Viva o Partido Comunista Português