Já se encontra em distribuição mais um número do boletim “Alicerce”. Sendo este um especial dedicado aos trabalhadores da construção na Alta de Lisboa.
Liderada por grandes grupos económicos, como a Mota Engil, Alves Ribeiro, Construtora S. José, entre ou- tros, a construção das urbanizações da Alta de Lisboa, com valores de aquisição que variam, por exemplo, entre uma habitação T1 a 300 mil euros e uma T4 a 900 mil euros, quem constrói estas urbanizações, vive uma realidade laboral marcada por:
• Uma remuneração mensal que tem por base o salário mínimo nacional de 665 euros;
• A laboração de dezenas de horas mensais de trabalho suplementar, acima do horário normal de oito horas trabalho, pagas de forma ilegal, quando o são, como trabalho normal, inclusive aos sábados;
• Esta prática generalizada de não pagamento de trabalho suplementar, extradionário, pode atingir o não pagamento de cerca de 30% da remuneração salarial mensal devida ao trabalhador;
• O recurso generalizado ao aluguer de mão-de-obra, ilegal e ofensivo da dignidade profissional de cada trabalhador.