Patrões propõem migalhas nos aumentos para 2024
Há bastantes anos que o sector de actividade onde trabalhamos, a Vigilância, tem sido alvo de um enorme ataque aos salários com a consequente brutal perda de poder de compra, ataque aos direitos e outras regalias, assim como nos tem sido sucessivamente adiada a valorização e dignificação profissional a que se exige.
É tempo de dizer BASTA !
Quando, neste momento que está em cima da mesa uma negociação Patrões/Sindicatos, onde os valores em consideração não ultrapassam os 5% de de aumento, há razões de alerta a todos para que intervenham no sentido da denúncia de tal humilhação aos trabalhadores da Vigilância.
Acresce o facto de o Patronato estar a aproveitar disposições governamentais que determinam que as empresas que assumam aumentos acima dos 5% têm direito a um “pacote” de ajudas fiscais, resultando que, de facto, quem assumirá o miserável aumento dos 5% somos todos os trabalhadores, são os contribuintes.
É do domínio público aquilo que têm sido os brutais aumentos do custo de vida, em todas as frentes, particularmente no campo da habitação, combustíveis e todos os outros produtos de primeira necessidade, mas cabe recordar que os valores da inflação apresentados estão bem abaixo do real uma vez que não incorporam o custo com a habitação própria (quando esta teve um exponencial aumento dos juros dos empréstimos bancários).
Com o objectivo de sinalizar um valor referencial para o caminho da recuperação salarial em 2024, a CGTP apontou a necessidade de aumentos salariais de 15 %, não menos que 150 €.
Exige-se também, o aumento do subsídio de refeição, acabando com as desigualdades entre profissões.
A esta referência negocial acresce a absoluta necessidade da valorização profissional com expressão e incidência pecuniária.
É este o quadro negocial porque devemos lutar, são este os valores que exigimos (a patrões e sindicatos) sejam acordados.
Não podemos cruzar os braços quando o que está à vista é o aprofundamento das nossas dificuldades do nosso empobrecimento.
Vamos encetar todas as formas de luta que assegurem a real melhoria dos salários.
Com eleições para a Assembleia da República marcadas para 10 de Março, onde elegeremos o colégio de Deputados da nação, o voto também é uma expressão de luta, na convicção de que com a CDU mais forte os trabalhadores estarão mais respeitados e defendidos.