pedro ventura

Intervenção de Pedro Ventura, candidato à Presidência da Câmara Municipal de Sintra

pedro ventura

 

Caros camaradas e amigos,

1. Agradeço a presença de todos aqui neste momento de grande significado e alegria para a população de Sintra e agradeço aos meus camaradas do PCP e aos companheiros do PEV a confiança que me deram ao indicar-me para candidato à presidência da Câmara Municipal de Sintra e à Ana Maria Alves à Presidência da Assembleia Municipal de Sintra, num momento particularmente difícil da vida do concelho e do país, que requer uma intervenção ainda mais empenhada na resposta prioritária e urgente aos problemas da população especialmente atingidos pela crise sanitária, económica e social que vivemos e a concretização de um projeto de um concelho mais desenvolvido.

 

2. Esta intervenção é feita por quem mora em Sintra e que aqui quer desenvolver o seu projecto de vida. Não procuramos os nossos candidatos no mercado do estrelato político-mediático. Candidatos que tanto poderiam ser à Câmara de Sintra, como à de Lisboa ou de Gaia, à Figueira da Foz como a Oeiras ou Cascais, ao Porto ou a outra. Temos candidatos ligados à realidade das nossas localidades que tem um património de Trabalho, Honestidade e Competência, e estão na vida ativa política local não para se servirem mas para servir as populações.

3. O trabalho da CDU não teme comparação com o de outras forças políticas presentes nos órgãos autárquicos. O projecto e as propostas da CDU são diferenciáveis e, em muitos aspectos antagónicas das do PS, do PSD, do CDS e daqueles que, consoante o jeito que isso lhes dá, se afirmam independentes desses partidos apesar de terem sido gerados neles.

 

4. Assim é, sem que isso contrarie a disponibilidade, por parte da CDU, para viabilizar, aprofundar e desenvolver propostas, de outras forças políticas, desde que sejam favoráveis para as populações do município ou das suas freguesias.

 

5. Os problemas que procuramos resolver são reais e não artificialmente criados nas redes sociais ou para servir agendas pessoais.

 

6. Por isso, estivemos ao lado daqueles que desesperam por falta de médico de família, de consulta, assim como aqueles que exigem um hospital público com capacidade de 300 camas.

 

7. Por isso, defendemos os que exigem transportes públicos com horários que sirvam as zonas mais periféricas do município, os que connosco conseguiram a criação do passe social intermodal em toda a área metropolitana.

8. Por isso, quando foi necessário lutar contra a instalação de parquímetros, quando foi preciso exigir a reposição de carreiras de autocarros, quando se exigiu a urgente requalificação da EN117, a CDU, os seus eleitos, mas também a população do concelho souberam dizer: presente!

 

9. Aqueles que exigem uma rede escolar a funcionar com os meios humanos essenciais e em edifícios com condições, sabem que sempre tiveram os eleitos da CDU consigo.

 

10. Os que pretendem estimular e democratizar a prática desportiva no concelho, dando força ao desporto popular e ao movimento associativo desportivo, ou seja, aqueles que ainda recordam ou que sentem o legado do nosso Felício Loureiro, e estar aqui neste parque, também é o reconhecimento desse trabalho ímpar.

 

11. No que ao território diz respeito, a acção dos eleitos da CDU tem sido determinante quer nos grandes bairros urbanos, como a Tapada das Mercês, quer nas áreas urbanas de génese legal (AUGI) ou na ação de denúncia da construção da chamada Cidade SONAE.

 

12. Os que entendem que a cultura deve ser de usufruto universal e não estar fechada nas ruas e palácios dos centros turísticos e que, como tal, lamentam o deserto de equipamentos e iniciativas culturais no grande e densamente habitado “corredor” urbano ou na vasta zona rural, sabem que à total ausência de proposta e investimento de sucessivos executivos municipais, da responsabilidade ora do PSD/CDS ora do PS, a CDU defende uma rede estruturada de equipamentos e agentes culturais, da mesma forma que o faz para os equipamentos desportivos.

 

13. Aqueles que procuram um poder local verdadeiramente democrático porque próximo das populações e que, como tal, estiveram contra a extinção de nove das freguesias da área do município, verificam que a CDU foi a única força política com posicionamento coerente ao longo de todo o processo e em todos os níveis de decisão política, a única que não abandonou a luta com o fim da campanha eleitoral.

 

14. Os que defendem estes e tantos outros assuntos essenciais encontram na CDU o espaço político que os ouve e que luta pelos seus interesses.

 

15. A CDU tem mostrado no trabalho, na competência e na honestidade dos seus eleitos a força de um projecto alternativo para o município e para as freguesias de Sintra. Foi assim no passado. É assim no presente. Será assim num futuro em que, está nas mãos dos sintrenses, a CDU pode ter mais força, maior representatividade.

16. A situação atual está a demonstrar vivamente como tem sido justa a posição do PCP e dos eleitos da CDU não só contra a política de concessões a privados de serviços públicos essenciais, ou o encerramento destes (caso dos CTT ou agências da Caixa Geral de Depósitos), como igualmente é um erro grave insistir na política de transferência de encargos da Administração Central para as autarquias em áreas tão sensíveis como a educação, a saúde, a proteção social, a habitação pública e outros, posição resultante do acordo entre PS e PSD/CDS.

 

17. Com o PS ou com o PSD/CDS, a que se juntam os seus sucedâneos mais recentes que são o Chega e a Iniciativa Liberal, mantêm-se os problemas estruturais do concelho e a subserviência aos vários governos. Com a mesma massa, o pão sai sempre igual!

 

18. Por isso, queremos um concelho que defenda a sua saúde como um bem público imprescindível, onde a educação seja acessível a todos, em que a solidariedade responda à emergência social, se garanta às populações a segurança e a protecção civil, o acesso à criação e fruição culturais, que fomente a prática desportiva e a actividade física, que apoie o movimento associativo, que respeite a diversidade social, que valorize e incentive os jovens, que trate condignamente os idosos.

 

19. Queremos um concelho com o ordenamento do território, com a valorização do património e da paisagem natural, que cuide do ambiente e das necessidades das populações através de uma gestão pública e equilibrada da água e saneamento, da higiene urbana, dos resíduos sólidos e da energia. Que melhore as nossas cidades, defenda o direito à habitação, organize e promova a mobilidade e os transportes públicos, melhore os eixos viários e as condições de acessibilidade.

 

20. Queremos um concelho que promova o desenvolvimento e o emprego, onde sejam dinamizadas as actividades económicas em áreas estratégicas da indústria, agricultura e serviços, onde o município tenha um papel activo na promoção do trabalho com direitos.

 

21. Queremos um concelho com uma gestão democrática e participada, que assegure melhores capacidades aos serviços camarários, que promova serviços municipais alinhados com o interesse público, que promova a participação activa das populações nos órgãos do poder local democrático.

 

22. E tudo isto, camaradas e amigos, não é possível se não se der mais força à CDU. Porque nós somos a força diferente das forças que são todas iguais.

 

23. E não há mudança possível voltando a confiar naqueles que tem responsabilidades comprovadas na autarquia e no governo do País ao longo de dezenas de anos na defesa de outros interesses que não são os dos trabalhadores e da população de Sintra.

 

24. Naqueles que extinguiram 9 das nossas 20 freguesias, tornando o poder local mais distante das populações e das suas necessidades, e que prometeram a reposição das freguesias para 2021 e depois não cumpriram a promessa.

25. Naqueles que querem destruir os serviços públicos para depois os entregar ao sector privado.

26. Naqueles que ficam satisfeitos em aceitar um polo-hospitalar em vez de um hospital com mais de 300 camas.

27. Naqueles que, prejudicando Sintra, estão sempre dispostos e curvados perante o Governo, tapando os buracos que este vai deixando.

28. Não somos esses. Esses são os subservientes e que estarão sempre de cabeça baixa perante os Governos da República. Nós somos os exigentes!

29. Somos os que promovem um trabalho de estreita ligação às populações, levando para a Câmara Municipal o pulsar das nossas gentes, dando voz às suas justas reivindicações, aos seus sonhos e aspirações, procurando e pugnando pela sua concretização célere e com qualidade, para que o concelho de Sintra seja o concelho onde todos gostem de viver.

30. Mas que ninguém se iluda. Não basta um bom trabalho nas autarquias para garantir um bom resultado eleitoral. Outros virão com poderosos meios, com a confusão das eleições locais com eleições nacionais e até com a mentira, a calúnia, o boato, as sondagens à medida e a promessa fácil, para procurar esconder a qualidade do trabalho da CDU nas autarquias.

 

31. Reconhecem-nos um bom trabalho nas autarquias mas É preciso um intenso trabalho político, e alargamento da CDU a todos os que connosco querem o progresso e o desenvolvimento do concelho de Sintra.

 

32. Precisamos de afirmar o carácter distintivo do nosso trabalho e de dizer a todos os que defendem um futuro melhor para Sintra que é na CDU que devem depositar a sua confiança.

33. Precisamos de dizê-lo àqueles com quem estivemos no piquete de greve à porta da empresa em luta por melhores salários ou contra o despedimento colectivo.

34. Precisamos de dizê-lo aos que passaram a receber o salário a 100% estando em lay-off.

35. Precisamos de dizê-lo aos que beneficiaram das várias subidas do salário mínimo nacional e aos que continuam a lutar para que este seja de 850,00€..

36. Precisamos de dizê-lo às centenas de trabalhadores municipais que beneficiaram com a luta da CDU que derrotou as políticas da troika e permitiu a reposição do horário de 35 horas e a reposição dos vencimentos que muitos já julgavam perdidos.

37. Precisamos de dizê-lo aos que deixaram de pagar taxas moderadoras no acesso à saúde.

38. Precisamos de dizê-lo às famílias que beneficiaram dos manuais escolares gratuitos.

39. Precisamos de dizê-lo aos que passaram a beneficiar do passe social intermodal a 40,00€.

40. Precisamos de dizê-lo aos micro, pequenos e médios empresários que beneficiaram Suspensão dos Pagamentos por Conta e da descida do Iva da restauração.

41. Precisamos de dizê-lo aos reformados que beneficiaram com o aumento extraordinário das pensões.

42. Precisamos de dizê-lo aos contribuintes que beneficiaram com no aumento do número de escalões de IRS, significando um grande desagravamento fiscal.

43. Precisamos de dizê-lo aos milhares de novos trabalhadores que foram contratados para os serviços públicos essenciais.

44. Precisamos de dizer a tantos e tantos munícipes que tudo o que é avanço e conquista nos últimos anos tem a marca do PCP e do PEV!

45. Por isso, dizemos, com toda convicção de que em toda a parte e, particularmente, aqui no concelho de Sintra, a CDU faz a diferença. Faz a diferença pelo trabalho positivo e eficaz que a desenvolve, pelas suas propostas, pela seriedade, isenção e sentido de responsabilidade que os eleitos da CDU colocam no exercício das suas funções, pela voz que dá nas autarquias aos problemas, aspirações e reclamações das populações.

46. A CDU faz a diferença em Sintra e a nível nacional.

 

Viva a CDU!