Sobre os constrangimentos na distribuição de oxigênio de alto débito que se verificou ontem, no Hospital Amadora-Sintra, levando à transferência de doentes para hospitais da Área de Lisboa e Vale do Tejo, a Comissão Concelhia de Sintra do PCP considera que este problema aconteceu pela situação limite em que os hospitais públicos se encontram neste momento, consequência da pandemia de COVID 19 e do contínuo desinvestimento público nos equipamentos e meios do Serviço Nacional de Saúde.
Esta situação comprova a necessidade há muito reivindicada pelo PCP da importância de existência de um hospital público em Sintra, que sirva e dê resposta aos cuidados de saúde das suas populações.
O Hospital Amadora-Sintra, até à data de ontem, tinha em internamento 363 doentes COVID 19, o que significa claramente uma superação da sua capacidade para o tratamento deste tipo de doentes. Só com a grande capacidade e dedicação dos profissionais de saúde, deste hospital e de todo o SNS, tem sido possível adiar situações limite verdadeiramente perigosas para os doentes.
A Comissão Concelhia de Sintra do PCP vem neste sentido lembrar aquilo que o PCP tem vindo a reivindicar há meses junto do Governo: o reforço de meios e recursos, físicos e humanos, urgentes para o SNS.
A Comissão Concelhia de Sintra do PCP não pode deixar passar em branco que situações como esta só reforçam a justeza da reivindicação de décadas da população do concelho de Sintra, da construção urgente de um Hospital Público em Sintra, com 350 camas e todas as valências necessárias ao seu funcionamento e se abandone a ideia da construção de uma unidade hospital com menos de uma centena de camas anunciada em 2008 e que ainda está por cumprir.