ATÉ QUANDO O ABANDONO?
O edifício onde prevê que fique instalada a extensão do Centro de Saúde de Queluz está concluído desde Agosto de 2006. A Assembleia Municipal ratificou já o contrato de comodato celebrado em 28 de Janeiro entre a Câmara de Sintra e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Esta é uma medida prioritária para a cidade de Queluz, para os seus habitantes e, particularmente para a população de Massamá. Desde que, em 1999, o PS decidiu colocar cartazes a anunciar a construção do Centro de Saúde e, em boletim autárquico, anunciou a mesma para daí a 6 meses, que os habitantes de Massamá desesperam pela concretização das promessas sempre prometidas e sempre adiadas.
Mas a vontade do Governo, bem como do PSD e do CDS-PP é bem diferente. Basta verificar que, ao longo dos anos, sempre em votação do Orçamento de Estado, PS, PSD e CDS-PP se aliaram para inviabilizar a construção do Centro de Saúde: ou conferindo verbas irrisórias para a sua edificação ou, como sucedeu no Orçamento de Estado para 2007, atribuindo unicamente 30.000 € para pagamento dos custos de construção – cerca de 4 milhões de euros pagos pela Câmara de Sintra – e o seu equipamento.
O Governo, mais preocupado em fechar Maternidades, Hospitais e Centros de Saúde e em aumentar as taxas moderadoras, enquanto, alegremente, cria condições para o incremento do sector privado na Saúde, não tem qualquer pejo em continuar a sacrificar os habitantes de Queluz e de Massamá, não se incomodando minimamente que existam mais de 18.000 utentes sem médico de família na Cidade.
Até quando este abandono? O que é que o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Massamá tem feito para alterar esta situação?
Entretanto, avolumam-se rumores de que será intenção governamental atribuir ao Sector privado a gestão do Centro de Saúde de Massamá e os novos abutres perfilam-se para aproveitar mais esta benesse.
Não o podemos permitir! O direito ao Serviço Nacional de Saúde, universal e tendencialmente gratuito é um direito constitucional de que não podemos nem queremos abdicar. Os portugueses, esmagados por impostos, têm direito aos bens essenciais que competem ao Estado garantir.
Importa por isso que façamos ouvir a nossa voz e exijamos a imediata entrada em funcionamento do Centro de Saúde, público e dotado das infra-estruturas necessárias para atender às necessidades da população.