Verifica-se que não está provado que a gestão privada seja melhor do que a gestão pública. Existem inúmeros exemplos de instituições que se tornaram privadas tendo, logo a seguir, perdido a eficácia da prestação do serviço aos cidadãos, a credibilidade e, sobretudo, tendo aumentado significativamente os preços para os consumidores.
Um estudo francês demonstra que «com o abastecimento privado o custo era 30 por cento superior sem que se verificasse qualquer melhoria da qualidade». Na actual situação política, devemos ainda desmistificar a ideia de que a União Europeia obriga à privatização da água. Em alguns países europeus, como a Holanda, aprovaram-se leis que interditam o fornecimento da água por privados.
O processo de privatização da captação e distribuição da água em alta e em baixa em Portugal é um processo que vem de há muitos anos, e por isso importa lutar pela defesa da água pública.
Em Sintra, a água é pública, apesar de algumas pressões no sentido da sua privatização. As pressões são habitualmente feitas pelo poder central sobre os municípios para venderem a gestão das ETAR’s e venda de água à holding Águas de Portugal. Os investimentos públicos dos SMAS de Sintra nos últimos 2 anos ascenderam a mais de 15 milhões de euros, o que traduz um trabalho em prol da qualidade de vida da população de Sintra. Este investimento foi realizado à custa das receitas locais, sem aumentar o preço da água.
2. Local:
Auditório dos SMAS de Sintra, 8 de Novembro
3. Organização da Iniciativa:
– Visita às instalações Oficinais dos SMAS (15.30 horas)
– Visita às instalações Administrativas dos SMAS (16.45horas)
– Conferência “Em defesa da Água Pública” no Auditório dos SMAS (17.30horas)
– Apresentação/ moderação Rui Monteiro (Direcção Água Pública);
– Intervenção de Baptista Alves (Vereador da CDU e Presidente dos SMAS);
– Intervenção de Jerónimo de Sousa (Secretário Geral do PCP).