PCP solidário com trabalhadores da ValorSul

No dia 13 de Novembro de 2007, durante o decurso de uma greve dos trabalhadores da Valorsul em defesa dos seus direitos e pela negociação salarial, houve lugar a uma intervenção policial como forma inaceitável de pressão e intimidação sobre os trabalhadores. O PCP de Vila Franca, rejeita não só esta tentativa de intimidação policial como rejeita as declarações da Presidente da CM Vila Franca, e expressa a sua solidariedade com os trabalhadores na sua legítima luta. 

Comissão Concelhia de Vila Franca de Xira

Nota de imprensa sobre a greve na empresa multi-municipal Valorsul, S.A.

No dia 13 de Novembro de 2007, durante o decurso de uma greve dos trabalhadores da Valorsul em defesa dos seus direitos e pela negociação salarial, houve lugar a uma intervenção policial como forma inaceitável de pressão e intimidação sobre os trabalhadores.

 
O PS, através da presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, na tentativa de justificar a inaceitável intervenção policial, proferiu declarações injustas e falaciosas sobre os contornos da greve em curso, bem como sobre os aspectos legais que devem ser observados neste tipo de circunstâncias.
 
Por outro lado, a comissão concelhia de Vila Franca de Xira do PCP lamenta a tentativa deliberada da administração da Valorsul, apoiada pelo PS, de denegrir a acção do sindicato (SINQUIFA da CGTP-IN) e dos trabalhadores em greve, quando tentam inviabilizar princípios democráticos e o direito à greve, com o recurso à imposição extravasada de serviços mínimos, que permitam a laboração da empresa através de uma interpretação abusiva da lei quando, no caso em concreto, os serviços mínimos apenas se aplicam à segurança das instalações e dos equipamentos, o que estava a ser integralmente cumprido.
 
Sem o mínimo de interesse pela aferição das causas da greve e pelo diálogo social que se impunha, a administração da Valorsul e o PS, intentam, obstinadamente, contra os trabalhadores, acusando-os de violação da lei, o que repudiamos.
 
Vemos ainda esta atitude como factor prejudicial à superação da actual crise.
 
Os trabalhadores continuam legitimamente em greve até se sentirem representados no diálogo com a administração da empresa.
 
Assim, aceitando como legítimos os motivos desta luta – a redução real da massa salarial, a redução dos períodos de descanso e a substituição dos trabalhadores em falta, – O PCP apela à retoma do diálogo entre as partes, em nome da importância que constitui para as populações este sistema multi-municipal e os seus trabalhadores.  

Vila Franca de Xira, 14 de Novembro de 2007