O Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Oeiras, Joia Silva e o Comandante José Manuel, receberam a delegação da CDU, na passada sexta-feira 26. Os problemas com que se debate a corporação e as ideias que há para as ultrapassar, bem como os impedimentos e dificuldades foram temas de uma frutuosa conversa e troca de impressões à qual se seguiu uma visita às exíguas e velhas instalações do quartel, situado no centro histórico de Oeiras.
Na foto, da esquerda para a direita: Carlos Coutinho (cabeça de lista à AMO); Rogério Pereira (cabeça de lista à União das Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias); Joia Silva (Presidente da AHBO) e Daniel Branco (candidato à Presidência da Câmara)
O início da conversa foi de bem-humoradas picardias sobre a coincidência de estarem presentes dois concorrentes à Assembleia de Freguesia (Rogério Pereira, pela CDU e Joia da Silva, pelo PSD de Moita Flores). Estes preliminares terminaram com a CDU a reiterar a sua posição de estarem ao lado de todos os que colocarem os interesses da população em primeiro lugar, sem olhar às representações partidárias…
A delegação da CDU incluiu também Gabriela Tavares, candidata à Assembleia Municipal. Na reunião o Presidente da AHBO expôs a situação da corporação, referindo que do ponto de vista financeiro a situação é de praticamente haver equilíbrio, apesar de situações adversas quer do modelo de financiamento quer de incobráveis de serviços de transportes que se realizam e que não são cobrados, por dificuldades económicas dos utentes, chegando este montante a atingir 36 000 euros (situação entretanto resolvida, implicando o perdão das dividas). O modelo de financiamento, a prazo, irá trazer problemas pois a fraca comparticipação da CMO (12 x 12 000 €) e do Estado (7 000 €) é compensada com a realização de serviços de transportes de doentes, que chega a atingir a média diária de 300 doentes transportados, mas que não se saberá até que ponto o poderão continuar a fazer, atendendo a que a maior parte destes serviços são em Lisboa. Comentaria ainda o Presidente a inexplicável ausência de critérios da Câmara que distribui igual verba pelas 7 corporações do Concelho, sem levar em linha de conta a dimensão. Um critério justo poderia ser a atribuição do subsídio indexado à actividade… A CDU registou ainda que se é indiscutível que ao nível operacional as corporações são complementarmente solidárias na missão e no combate aos fogos, o mesmo não se passará quanto ao entendimento entre as corporações no que se refere a viabilizarem em conjunto a implementação de Serviços de Primeira Intervenção face à situação de a Câmara não poder contemplar todas as corporações. No “ou a todos ou a nenhum” a situação é de nenhuma, pois nenhuma corporação se encontra dotada com meios e recursos financeiros para assegurarem aqueles serviços…
Sem se afastar da conversa, o Comandante José Manuel deu breve atenção ao candidato da CDU, Carlos Coutinho, quando este lhe entregou o Presta-Contas municipal que a CDU irá distribuir à população.
O Comandante José Manuel conduziria, depois, uma visita às instalações. Sendo a AHBO a 3ª corporação de maior volume de serviço prestado num ranking que abrange todo o distrito de Lisboa, e atendendo aos seus efectivos (32 bombeiros profissionais e 80 voluntários), percebemos pela visita como se opera o milagre dos bons níveis de respostas com um velho “quartel”: todo o espeço é aproveitado ao milímetro. Quanto ao novo quartel, a AHBO já tem tudo, mas falta o projecto. Mas já faltou mais…