Sábado passado, dia 4, a Organização da Freguesia de Oeiras do PCP realizou no Centro de Trabalho de Porto Salvo um almoço-convívio assinalando o 85º aniversário do Avante!.
Rogério Pereira, responsável pela Comissão de Freguesia, após o animado convívio deu inicio à sessão, começando por saudar a presença de camaradas e amigos e por agradecer a simpatia e o apoio dado pela Organização de Porto Salvo dando destaque à equipa que confeccionou a refeição não deixando de comentar, com ironia, que “nem a maldade de nos ter sido servido tão bom cozido e tão excelente vinho nos vai perturbar a mente e o verbo, para falarmos e trocarmos ideias sobre o tema que aqui nos juntou hoje”
De seguida apresentou o convidado Gustavo Carneiro, chefe-adjunto da redacção do Avante.
Este começou por assinalar que lhe era grato registar que quase dois meses depois da data em que se comemorou o dia 85º aniversário do Avante (15 de Fevereiro) as iniciativas não parassem, em todo o país. Depois de passar em revista a heroica história do Avante desde os dias de clandestinidade Gustavo Carneiro salientou a oportunidade da discussão da importância da imprensa do partido e, em particular, do Avante!
Hoje, numa época marcada pelo poder avassalador dos media na formação de opiniões, gostos e opções políticas e ideológicas, a importância do Avante! Continua a ser determinante. O controlo dos principais meios de comunicação social por grandes grupos económicos, ligados ao capital financeiro, tem repercussões na informação (e no entretenimento) produzida e difundida de forma massiva: a aceitação da exploração, do empobrecimento e da submissão como naturais e inevitáveis, o silenciamento e deturpação das análises, acções e propostas dos comunistas e do movimento operário e popular e a promoção de falsas alternativas são apenas algumas das linhas de ofensiva ideológica propagadas pela maioria dos órgãos de comunicação social, em Portugal e no mundo.
À imprensa comunista está, assim, colocado o desafio de, uma vez mais, noticiar o que outros calam, desmontar mensagens veiculadas pela restante comunicação social e apresentar os vários assuntos da actualidade nacional e internacional não na perspectiva da classe que domina política, económica, cultural e ideologicamente a sociedade mas do ponto de vista dos comunistas, da classe operária, dos trabalhadores e dos povos.
Aos comunistas cabe a tarefa de o ler e distribuir deve ser assumida com o entusiasmo revolucionário que é devido a algo que contribui de forma tão decisiva para a construção, resistência, desenvolvimento e permanente reforço do Partido Comunista Português com as suas características e natureza singulares. Juntamente com a recolha da quotização e a distribuição de propaganda, ela exige persistência e tenacidade, algo que os comunistas portugueses deram já provas de possuir em doses inesgotáveis.
É de tudo isto que dão mostras aqueles que, já hoje, todas as semanas levam o jornal às casas e aos locais de trabalho de milhares de camaradas e o vendem junto às empresas, estações e paragens de transporte público, mercados e ruas.