Espaço e Memória, na rota das visitas dos candidatos da CDU

Daniel Branco e Rogério Pereira, cabeças de lista, respectivamente, à Câmara Municipal e à União das Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, foram recebidos pelos dirigentes desta Associação Cultural de Oeiras, no passado dia 28. Na pequena loja do Bairro Social do Pombal, sede da Espaço e Memória, a conversa estendeu-se por mais de duas horas, sem desvios para outros temas que não fossem os ligados à vida da associação, sua génese, a actividade, seu desenvolvimento, projectos em curso, dificuldades, anseios e perspectivas…

Joaquim Boiça (na foto, ao centro), Presidente da Espaço e Memória, começou por historiar como em 2005 tudo começou: um grupo de historiadores de história local foram reunindo, alinhando ideias e compreendendo o espaço de actuação, até que formalizaram o projecto iniciando a actividade em 2006. Á frente dos candidatos da CDU estavam colocados três pastas com o portfólio do vasto e diverso trabalho realizado: Ciclos de Conferências, Conferências e Palestras, Cursos, Jantares-Tertúlia, Passeios Culturais, Visitas Guiadas e, outras, entre as quais o destaque à actividade de lançamentos editoriais, com duas obras lançadas (uma das quais da autoria do candidato Rogério Pereira) e outra em curso, um projecto de grande fôlego e ambição. Trata-se de uma obra colectiva, monumental, sobre o Marquês de Pombal com ampla recolha fotográfica e que permanece em luta contra embaraços administrativos e burocráticos relactivamente à viabilização do acesso ao financiamento da obra… “Estamos decididos a ir para a frente com ou sem subsídio, com ou sem a monumentalidade que idealizámos. Vai sair, custe o que custar e estamos certos que vai ter o acolhimento merecido…”

(na foto, da esquerda para a direita: Joaquim Boiça (presidente); Romeu Bragança (secretário); Rogério Pereira (candidato CDU à União de Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias); Daniel Branco (candidato CDU à Presidência da CMO)

A conversa incidiu depois sobre o Bugio e sobre um acumulado de diferendos acidentados. Vários, quase todos decorrentes da sua dupla dependência e tutela (Ministério da Marinha/IGESPAR) o que tem conduzido a um uso que a Espaço e Memória desejaria ver institucionalizado como oferta turística regular: “As visitas ao Bugio” (anualmente a Associação tem conseguido autorizações e apoios para levar centenas de visitantes a conhecerem e a usufruírem do passeio a esse monumento). Passou-se depois ao diálogo sobre critérios (ou ausência deles) para o apoio à actividade, sobre o destino e o que fazer da riqueza monumental do Património do concelho, desde o Palácio do Marquês, às fortificações costeiras, ao diverso património inserido no perímetro da “Estação Agronómica”, às limitações da Câmara para dar ou conduzir a uma intervenção integrada ou integradora da diversa riqueza patrimonial do concelho…

Na foto: Daniel Branco (tomando notas) Gonçalo Ferrão (tesoureiro) e José Meco (vice-presidente)

A recolha de impressões foi útil para a CDU, pois é da sua marca estabelecer os seus compromissos eleitorais com o que vamos vendo e escutando. Não esquecemos o lugar em que fomos recebidos, por não ter nem a dignidade do trabalho nem facilitar projectos futuros e, como sempre, não fazemos outras promessas além do prometer ajudar…