Foi nas instalações do Palácio Anjos, cedidas pela CM de Oeiras, ontem. Durante cerca de 3 horas os candidatos expuseram e debateram com a assistência as questões, os riscos e as ameaças que pairam sobre o Serviço Nacional de Saúde e sobre a Segurança Social. Aberta a sessão por Daniel Branco, mandatário concelhio da candidatura CDU, coube a primeira intervenção ao candidato Amílcar Campos que apresentou alguns números sobre a situação do ACES de Oeiras e Lisboa Ocidental e fez um breve perfíl da população do munícipio. Carlos da Silva Santos, (de pé na imagem) candidato por Lisboa e membro da direcção da Ordem dos Médicos, faria uma intervenção muito pedagógica e plena de ironia.
Depois de considerar uma “aberragação organizativa, a agregação de Oeiras a freguesias de Lisboa, e onde não é possível corresponsabilizar os os órgãos do poder local em matéria de saúde” fez uma exposição bem documentada, sobre as estratégias que estão a ser seguidas para liquidar o SNS e o entregar aos privados. Carlos Santos Silva falou da planeada venda de hospitais a privados e chamaria a atenção para um facto mal conhecido: “as tecnologias avançadas e os equipamentos especializados que dão suportes as diferentes especialidades hospitalares não estão a ser sujeitos à necessária manutenção. Chegará o dia em que avariarão de vez e as administrações hospitalares vivem em desespero com falta de meios financeiros para os recuperar ou substittuir.
Maria do Carmo Tavares (de pé na segunda foto) ex-dirigente da CGTP, fez uma intervenção sobre o sistema de Segurança Social, sobre o modelo e o seu funcionamento. Denunciaria os efeitos e consequências desastrosas para a sustentabilidade do Sistema no caso de serem aplicadas as politicas defendidads quer pelo PSD/CDS quer pelo PS.
No fim, as várias intervenções do público prolongariam a sessão onde toda a gente parecia não querer arredar pé.
Na sala, nenhum orgão da imprensa. E foi pena, teriam pano-para-mangas…