mini-IMG 4965

Apresentação dos candidatos CDU ao município de Oeiras

mini-IMG 4965A sessão pública trouxe, ontem dia 6, ao Auditório Municipal César Batalha, gente interessada e atenta que seguiu a apresentação dos candidatos no concelho de Oeiras, feita por Amílcar Campos, actual vereador da CDU e mandatário concelhio para o próximo acto eleitoral. Os nomes foram sendo chamados e a um e um, e os candidatos foram ocupando lugares de visibilidade para a assistência. Seguiu-se a comunicação de Daniel Branco, o candidato à Câmara.

Daniel Branco começou por em destaque o que “a nossa força e a nossa capacidade residem, fundamentalmente, no trabalho colectivo que, com honestidade e competência, conseguimos realizar.” Da sua intervenção, que em outro local pode ser lida da integra, foi clara a mensagem de ter a CDU de enfrentar uma realidade que se tem vindo a mostrar como uma moeda de uma só face, a outra, a escondida e omitida, tem a ver com um mundo de realidades que urgem actuação e intervenção da CDU e do reconhecido empenho e seriedade dos seus candidatos: A face escondida dessa moeda tem a ver com o envelhecimento da população do concelho e das suas necessidades (“somos o terceiro município com maior envelhecimento dos 18 que integram a área metropolitana de Lisboa”); tem a ver com o facto de Oeiras não ser uma ilha imune ao empobrecimento, ao desemprego e às dificuldades impostas pelas politicas nacionais de submissão às “troikas” e às politicas de direita da “troika” interna – PS, PSD e CDS/PP que nos governam há mais de trinta anos; tem a ver com as vulnerabilidades de opções em sediar no concelho sedes e serviços do chamado sector “terciário avançado”, designadamente quando à mobilidade que lhes permite de, um momento para o outro, saírem e reinstalarem-se noutros locais (como aconteceu recentemente com a Microsoft, que deslocalizou todo o seu pessoal para a Parque Expo); tem a ver com o facto dessas opções se fazerem com a omissão do Município, quanto aos problemas dos seus trabalhadores; tem a ver com o despesismo, a falta de rigor e a megalomania de processos de gestão e de decisões que pesarão, dramaticamente nos destinos do município.
Sobre esta outra face da moeda, considerou Daniel Branco: “Para que se tenha uma noção do que vamos ter pela frente, basta referir que apenas em quatro apostas mal feitas – a saber, nas Parcerias-Público-Privadas (PPP´s), na TRATOLIXO, no SATU-O e na LEMO, vamos ter que nos confrontar com a resolução de dívidas que no seu total são mais de 115 milhões de euros, para além dos cerca de 30 milhões de euros que surgem nas contas da Câmara como empréstimos legais celebrados com os bancos.” E, disse ainda, “Nunca concordámos com despesas mal feitas e menos ainda concordamos com as sistemáticas reduções de subsídios às Associações Sociais, Culturais, Desportivas e Recreativas. São estas que dão efetiva consistência à indispensável coesão social do nosso território.”
Nesta sua comunicação inicial de apresentação, o candidato CDU não deixou de referir a questão do ataque ao poder autárquico, nos seguintes termos: “Neste momento, e depois do PS – como sempre – ter tomado a iniciativa em Lisboa, assistimos a um processo estúpido e irracional de redução de freguesias. A Lei aprovada, pelo PSD e pelo CDS/PP, na Assembleia da República, obriga à redução de 10 para 5 freguesias, no nosso Município. Não é reduzindo as freguesias, o número de órgãos autárquicos e o número de eleitos, que se aproximam os eleitos dos eleitores.
Afirmamos aqui, e desde já, claramente, que nos nossos programas eleitorais para estas eleições, assumiremos, em todos eles, o compromisso de continuarmos a lutar pela existência de 10 freguesias e que, mesmo que as mesmas venham a ser reduzidas para apenas 5, promoveremos as iniciativas necessárias para as voltar a reinstalar, logo que se verifiquem condições políticas que o permitam.”
Daniel Branco terminaria, reiterando: “O nosso esforço coletivo, a vontade desta equipa de homens e mulheres que hoje aqui foram apresentados é a de, com trabalho, honestidade e competência, conseguirmos melhorar a vida das populações e continuarmos a justificar a confiança que em nós depositam.