Resposta de Ilídio Ferreira à carta aberta de "um colectivo de trabalhadores da Malaposta" publicada no jornal Nova Odivelas.
Exmª Senhora Directora,
Ilídio Ferreira, candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de
Odivelas, perante a pergunta enviada para esse jornal – mas que me é
dirigida – por “o colectivo de trabalhadores da Malaposta” constituído
por 19 trabalhadores, vem junto de V.Exª solicitar a publicação do
presente esclarecimento.
1. Pensava (e penso) eu – e julgo que é o entendimento
geral e correcto – que quem deseja perguntar alguma coisa a alguém lhe
deve dirigir a pergunta em primeira mão. Ainda que, perante a falta de
resposta atempada e caso a questão tenha interesse geral (político ou
outro), se dê posteriormente conhecimento público da mesma.
De facto, até no caso de uma carta aberta a correcção de processos
impõe que a mesma seja enviada à pessoa ou entidade a quem se dirige,
pelo menos em simultâneo.
Ora, no caso presente, tudo isto foi subvertido.
Com efeito, pede-se uma resposta ao candidato da CDU, mas não se lhe dá
conhecimento da pergunta – envia-se a um órgão de comunicação social…
Sem outras extrapolações, deixo aqui registado o facto.
2. Quanto à pergunta em si “se acabar a
Odivelcultur qual será o modelo que garante o emprego, trabalho e
carreira dos trabalhadores?” a resposta é simples, clara, objectiva e
concisa, e a CDU já a ela respondeu publicamente em vários documentos
e, também, através dos seus vereadores, em intervenções e documentos
escritos apresentados em reuniões de Câmara Municipal.
Identificando-me totalmente e defendendo, obviamente, o que assumimos por escrito, vou transcrever:
a) De uma Declaração Política, na 20ª Reunião da CMO, em 20.10.2004:
“Por isso, entendemos que se deve aproveitar a renúncia do presidente
do CA da Odivelcultur para encontrar uma solução que – respeitando
escrupulosamente os direitos de todos os trabalhadores da empresa (digo
trabalhadores e não comissários políticos) – seja mais equilibrado
financeiramente, com menos custos para a Câmara. A nosso ver, tal é
possível com a inserção de serviços e equipamentos na Câmara Municipal,
onde já estavam antes de transferidos para a Odivelcultur, e a inserção
dos restantes na Odivelgest – cujo objecto estatutário prevê tal
hipótese, evitando-se assim, a duplicação de Administrações, serviços e
custos e ela inerentes.”Neste mesmo documento referíamos o seguinte:
“Assim, só em 2004, prevê-se que a Odivelcultur, EM, provoque um rombo
de mais de 1 milhão e 400 mil euros no Orçamento da Câmara.”
b) Da Declaração de Voto sobre a Gestão Previsional para 2005:
“Por isso, temos vindo a assumir a posição consequente de defender uma
solução com menos custos para o Município, regressando o Auditório da
Póvoa e o CAOs aos serviços camarários e integrando a Malaposta na
Odivelgest, com a garantia escrupulosa dos direitos dos trabalhadores
que lá exercem funções.”
E referíamos ainda:
“…e chegamos a 1 milhão e 21 mil euros a sair do orçamento da Câmara.”c) Da Declaração de Voto sobre a Prestação de Contas de 2004:
“ A questão é outra: é a nossa convicção, objectivamente fundamentada,
de que a reinserção do Auditório da Póvoa e do CAO’s nos serviços da
Câmara e a integração da Malaposta na outra EM, já antes existente,
seria uma solução mais eficaz e com menos custos para o Município.
Desde logo, e sem contar com outras economias de escala, a Câmara teria
poupado em 2004 € 56.215,59 com as remunerações dos órgãos sociais.”
Assim, a inserção da Malaposta e dos seus trabalhadores na EM já antes
existente não mexe, um milímetro que seja, nos interesses e direitos
dos trabalhadores; mas permite que a CMO não esbanje dinheiro,
designadamente e desde logo, a verba referida em c).
3. Reitero que a CDU é uma força política que cumpre
aquilo a que se compromete. E tem provas dadas de defesa dos interesses
dos trabalhadores de que nenhuma outra força política se pode orgulhar.
É com a CDU na CMO que os seus trabalhadores e os trabalhadores das Empresas Municipais estão melhores defendidos.
4. Por último, eu e toda a Lista da CDU à CMO
colocamo-nos à disposição do “colectivo dos trabalhadores da Malaposta”
ou de qualquer trabalhador dessa empresa, para analisarmos os seus
problemas e as suas reivindicações.
Assim, basta contactarem a sede a nossa candidatura – na Rua Guilherme
Gomes Fernandes, n.º 79, telefone 21 931 4153, Fax 21 932 2335, email
[email protected] – para marcarmos uma reunião sobre esta
matéria.
E não temos nada contra, se após a realização da reunião quiserem
publicitar nos órgãos de comunicação social o conteúdo e o resultado da
mesma.
Com os melhores cumprimentos,
Ilídio Ferreira