No passado sábado, dia 2 de Novembro, cerca de duas dezenas de jovens das mais variadas escolas Secundárias e Básicas 2,3 do Concelho de Odivelas juntaram-se no Auditório da Escola Secundária da Ramada para debater diversos problemas relacionados com a educação, nomeadamente, no que se refere ao “novo” estatuto do aluno.
Durante o debate foram duras as criticas tecidas quanto ao total desinvestimento a que o PS tem votado a Educação.
Ao nível nacional tentando dar-lhe uma orientação discriminatória e desadequada, originando em toda a comunidade educativa um grande descontentamento, do qual são prova as lutas de professores e alunos, os encerramentos de escolas, as manifestações e exigências diversas vindas a público nos últimos dias.
Estiveram em discussão o “novo” estatuto do aluno, mas também o novo modelo de gestão escolar, as novas oportunidades, o fim do estatuto de trabalhador estudante, a avaliação de professores, etc….
O deputado Miguel Tiago expôs as várias propostas que o PCP tinha apresentado na assembleia da Republica para alteração ao estatuto do aluno e que na sua generalidade foram recusadas. Lembrou ainda que o PCP e o Partido Ecologista Os Verdes – forças integrantes da CDU – foram os únicos que na assembleia da republica votaram contra este estatuto, apesar de todas as forças políticas da oposição terem percebido desde o inicio que este estatuto era discriminatório e com pretensões de autoritarismo.
Ainda no decorrer do debate o vereador Rui Francisco referiu-se ao total desinvestimento na área da juventude também por parte da Câmara Municipal e deu como exemplo o encerramento das lojas jovem espalhadas pelo concelho, a falta de apoio ao movimento associativo juvenil e ainda a ausência de infra-estruturas adequadas à prática das mais diversas disciplinas nas escolas do concelho.
Alguns dos jovens presentes falaram da falta de condições de funcionamento das escolas, da falta de auxiliares, de higiene e de acompanhamento dos alunos, dando como exemplo a situação da Escola EB2,3 António Gedeão onde tiveram de ser os alunos a “vir para a rua” denunciar a situação para que algo, embora ainda insuficiente, fosse feito.
Este debate foi o culminar de uma campanha de esclarecimento levada a cabo pela Juventude CDU nas escolas do Concelho durante os últimos dias e que pretende acima de tudo que os jovens se tornem agentes de mudança da sociedade, exigindo os seus direitos e dando exemplos de civismo.