Os utentes do Metro e de todo o sistema de transportes públicos da AML têm sido confrontados, nos últimos dias, com o agravamento das dificuldades nas deslocações para a cidade de Lisboa, afectando milhares de trabalhadores, estudantes e moradores de Odivelas e não só.
A suspensão anunciada até 8 de julho, dos troços entre o Campo Grande e Cidade Universitária (Linha Amarela) e entre Telheiras e Campo Grande (Linha Verde), agravada pela redução, apenas para três carruagens, nos comboios na Linha Amarela (entre Odivelas e Campo Grande), têm provocado, nos últimos dias, uma situação impraticável e perigosa, com os utentes a aglomerarem-se nos cais das estações e com as carruagens completamente cheias.
As denominadas “soluções de reforço”, de serviços de transportes complementares, têm-se mostrado manifestamente insuficientes. Por outro lado, as soluções apresentadas no dia 10 de Maio de reforço de uma carruagem a partir do dia 20 de Junho na Linha Amarela, e autocarros “vai-vem” no percurso interrompido apenas em três dias de todo este longo período, devido a outros eventos, é claramente insuficiente.
Esta obra pela sua dimensão e impacto na vida diária das pessoas devia ter sido planificada de outra forma. Consideramos inadmissível que nem o Presidente da Câmara de Odivelas nem o Governo tenham articulado com o Metropolitano de Lisboa uma verdadeira alternativa durante este período.
São necessárias soluções para dar resposta a esta situação, como por exemplo, transportes “vai-vem” específicos entre os troços interrompidos e com a criação de circuitos complementares aos circuitos existentes.
O PCP apresentou na Assembleia da República no passado dia 9 de Maio, um Requerimento para audição urgente na respectiva Comissão Parlamentar da Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa, Comissão de Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e do Presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa sobre os constrangimentos na circulação.
É preciso não esquecer que esta interrupção é devida às obras para concretização da Linha Circular, com a qual sempre discordámos, porque vai obrigar os utentes de Odivelas a fazer mais um transbordo, deixando de ter acesso directo ao centro da cidade.
O PCP garante a todos que estará na linha da frente pela defesa do direito à mobilidade dos nossos munícipes, pela defesa da continuidade da Linha Amarela.