A CDU realizou hoje, dia 4 de Abril uma acção de contacto com os utentes do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, com a presença de Gonçalo Caroço e Florentino Serranheira, candidatos da CDU às Presidências da Câmara Municipais de Loures e Odivelas, respectivamente, acompanhados de Cláudia Madeira, dirigente do PEV e outros activistas da CDU.
A decisão do Governo de criar novas Parcerias Público-Privadas (PPP) na saúde, onde se inclui o Hospital Beatriz Ângelo (HBA) e, provavelmente, 17 unidades de cuidados de saúde primários da Unidade Local de Saúde (ULS) Loures Odivelas, constitui um novo e grave passo na estratégia de ataque e destruição do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A CDU, assume o compromisso de tudo fazer para exigir do poder central um Hospital e Centros de Saúde com gestão pública, com prioridade para a medicina preventiva, ao serviço da população e dos seus profissionais.
Só um SNS público, universal e gratuito pode assegurar que a saúde é para todos e não só para alguns.
Só um hospital com gestão pública pode garantir que a triagem não é feita em função das condições económicas de cada utente, e pode impedir que a saúde se transforme num negócio que dá milhões aos privados, e deixa de fora todos os que não podem pagar.
A actual situação do HBA tem culpados:
O tempo de espera das urgências é o resultado do desinvestimento no SNS; dezenas de milhares de utentes dos concelhos que o HBA abrange, não têm médicos de família e as urgências são, para esses, a única porta de entrada nos cuidados de saúde.
A essa pressão nas urgências soma-se o desinvestimento das políticas governamentais fomentando, por exemplo, a contratação de tarefeiros em vez de profissionais com dedicação exclusiva, profissionais comprometidos e envolvidos no projecto;
Com o fim da PPP, o Grupo Loures Saúde levou consigo muitos profissionais, deixando o HBA sem capacidade de resposta e levando à degradação do seu serviço. Os governos do PS e do PSD nada fizeram para resolver os problemas do HBA, para que seja mais fácil impor esta privatização encapotada.
Querem fazer crer à população e aos utentes que temos que escolher entre a gestão pública que, por falta de desinvestimento, actualmente, não responde às necessidades, e uma gestão privada que “resolve os problemas do SNS”, o que não é verdade.
O que de facto temos que decidir é a defesa do SNS de qualidade para todos, sem discriminações, e que aposte na prevenção da doença.
A falta de camas no HBA tem origem na falta de resposta da comunidade para doentes com alta hospitalar; são doentes que podem ir para um lar ou para cuidados domiciliários, e que não vão porque faltam as respostas sociais.
Nós, candidatos às autarquias de Loures e Odivelas, ao contrário de outros, não aceitaremos nunca que as valências do HBA e as respostas dos cuidados de saúde primários sejam escolhidas em função do lucro ou que as urgências sejam encerradas para permitir que a lógica do negócio da doença substitua a lógica da saúde preventiva.
Nós, ao contrário de outros, não abandonamos os munícipes à sorte do negócio da doença, seja nos hospitais privados sejam nos públicos geridos na lógica do lucro.
Por isso, assumimos o compromisso, perante os utentes do HBA e dos centros de saúde da ULS Loures Odivelas, e perante os profissionais destas unidades de saúde, que a nossa prioridade será a defesa de um serviço público dotado com os recursos necessários, eficiente e que sirva todos os seus utentes.
Odivelas, 4 de Abril 2025
O Gabinete de Imprensa da CDU


