Administração espalhou, sem pudor, sobre a situação laboral vivida na
empresa, nomeadamente no que respeita a salários, horários de trabalho, horas extraordinárias e serviços mínimos.
Remunerações – A Administração após romper negociações, impôs por acto de gestão, aumentos de 1,5%, muito abaixo da inflação. Condicionou novas negociações para aumentos salariais, à aceitação de retirada de direitos, o que é inadmissível. Já agora era bom que os administradores publicassem as suas declarações de rendimentos, os valores dos seus aumentos, e quantas horas estão ao serviço da empresa.
Horário de trabalho – A Administração impôs horários ilegais na laboração contínua, motivo de uma greve ás horas extraordinários. O que está em causa é a tentativa de aniquilamento do direito de descanso de 12 horas entre dois períodos de trabalho, que a administração quer reduzir para 8 horas. Exemplificando: suponhamos que um trabalhador acabava um turno ás 16 horas, teria de regressar á empresa ás 24 horas do mesmo dia. Com o tempo gasto nas deslocações casa/trabalho, só teria tempo para jantar com a família, dormir estava fora deste horário. Inaceitável!
Horas extraordinárias – Se os trabalhadores fazem muitas horas não é da sua responsabilidade. É a empresa que faz a gestão dos trabalhadores e organiza os horários de trabalho. Há trabalhadores sujeitos a 16 horas seguidas de trabalho. Mais uma vez o que está em causa é a retirada de direitos, ou seja, o pagamento do tempo de trabalho realizado após o horário normal de trabalho cumprido. O que a administração quer é a gratuitidade, e não a redução de horas de trabalho. Se assim não fosse admitia mais trabalhadores.
Violação do direito à greve – Serviços mínimos numa empresa como a Valorsul é a segurança de pessoas e bens. São estes serviços que os trabalhadores fazem questão de cumprir. A administração começou por exigir serviços mínimos, que correspondiam a serviços máximos: Tudo funcionar. Depois passou a marcar faltas aos trabalhadores em greve. Por último chamou os corpos de intervenção da GNR e PSP para cercear o livre exercício do direito á greve e intimidar os trabalhadores. E foi aquilo que se viu. Uma Vergonha!