Sobre a reorganização das Urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Beatriz Ângelo e de outros hospitais de referência que abrangem as populações do Concelho de Loures.

As grávidas merecem cuidados de saúde adequados!

Depois de anunciado pelo Governo PSD/CDS é hoje posto em prática o “projecto piloto” que é na verdade um novo modelo que limita o acesso aos serviços de urgência de obstétrica e ginecologia nas Regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Leiria.

Tal medida abrange os serviços do Hospital Beatriz Ângelo (HBA) e de outros hospitais de referência na cidade de Lisboa que servem as populações de Loures, afetando directamente as mulheres residentes no concelho.

A CDU opõe-se a esta medida. Trata- se de uma decisãodesastrosa, geradora e promotora de ansiedade entre as utentes grávidas e suas famílias, que só pode merecer uma forte oposição. 

O que se exige é o funcionamento pleno dos serviços de urgência no HBA e dos restantes hospitais. Com esta medida, pretende-se escamotear o encerramento rotativo ou permanente dos mesmos e a vontade em caminhar para a uma crescente privatização dos cuidados e assistência às mulheres grávidas.

Uma vez mais, a maioria do PS/PSD na Câmara Municipal de Loures remete-se a um cúmplice silêncio. Nada diz nem faz para defender o SNS e os direitos dos utentes do nosso concelho. Ao contrário da prontidão no discurso contra populações do concelho, agora que se exigia uma enérgica tomada de posição, pasme-se que a maioria do PS/PSD na Câmara fica em silêncio.

Já vai longe a promessa do presidente da Câmara Municipal, Ricardo Leão, que tinha a garantia do governo PS que os serviços de urgência do HBA regressariam ao funcionamento pleno no mês seguinte ao seu “encerramento provisório” em Março de 2023. Foi-se a promessa e foi-se a prontidão.

A CDU exige que este modelo de acesso seja revertido, exigindo que o governo PSD/CDS tome as medidas necessárias para fixar os profissionais de saúde que reforcem o SNS e garantam o pleno funcionamento dos seus serviços.

Os utentes, as grávidas e as populações podem contar com a CDU na luta contra esta medida e em defesa do nosso Serviço Nacional de Saúde.