PCP ACES Loures Odivelas

Comissões Concelhias de Loures e Odivelas do PCP reuniram com os responsáveis do ACES Loures/Odivelas.

Face às crescentes dificuldades com que dezenas de milhares de utentes se deparam no acesso aos cuidados de saúde, em particular nas Unidades de Cuidados de Saúde Primários (UCSPs), as Comissões Concelhias do PCP de Loures e Odivelas solicitaram uma reunião com os responsáveis do Agrupamento de Centros de Saúde de Loures e Odivelas (ACES) para transmitir as preocupações com esta situação e conhecer as medidas que estão a ser tomadas para a sua resolução.

A reunião realizou-se no passado dia 9 de Fevereiro, com o Diretor Executivo e a Presidente do Conselho Clínico do ACES. Pelo PCP participaram Gonçalo Caroço (Loures), Nuno Almeida e Maria da Luz Nogueira (Odivelas).

A informação fornecida pelo ACES indica que o número de utentes sem médico de família se situa em 110.000 (eram 44.000 em 2019). No concelho de Loures são cerca de 65.000 utentes sem médico, situação que se pode agravar devido à reforma de alguns médicos nos próximos meses.

Estão a ser contratados médicos em regime de avença/prestação de serviços para procurar colmatar a ausência falta de médicos de família, medida que verdadeiramente não responde às necessidades da população.

Também ao nível dos Assistentes Técnicos se regista a falta de profissionais, o que tem reflexos na capacidade de atendimento dos utentes, seja presencialmente seja por contacto telefónico.

Preocupante é a situação de milhares de pessoas que aguardam marcação para a junta médica para a avaliação de incapacidade e consequente emissão de atestados multiuso. Este certificado é obrigatório para as pessoas com determinado nível de incapacidade poderem receber os apoios da Segurança Social.

De acordo com a informação disponibilizada, há 5.000 pessoas à espera e nesta altura a junta médica está a responder aos pedidos de 2020!

A crescente degradação do acesso aos cuidados de saúde, é consequência da falta de investimento do estado no SNS por parte dos sucessivos governos PS e PSD/CDS e das consecutivas rejeições, por parte do PS e dos partidos da direita, das propostas que o PCP ao longo dos anos tem apresentado para a valorização das carreiras e para o incentivo à fixação de médicos no SNS. É necessário e urgente a inversão desta política de destruição do SNS que o PS e os partidos da direita têm em curso.