Há cerca de quatro anos aqui estivemos muitos de nós, neste mesmo pavilhão e neste mesmo mês de março, na apresentação da candidatura da CDU à presidência da Câmara. Foi um momento em que fizemos um balanço, muito negativo, da gestão anterior e em que apresentámos os princípios do que seria no futuro a gestão da CDU. Foi um momento em que todos sentíamos que era indispensável uma mudança nos destinos do concelho.
De facto há quatro anos abriu-se por esta altura de março uma nova janela de esperança, de que era possível resgatar o concelho do declínio em que se encontrava, de que era possível uma mudança e que a CDU era essa mudança necessária por que tantos ansiavam.
E a mudança aconteceu! E essa vitória da CDU não foi só a vitória dos que votaram na CDU. Foi uma vitória sentida como sua por muitos mais que, mesmo não tendo votado na CDU, tinham também o anseio de uma Câmara limpa, competente e participada.
Ao fim de quatro anos, olhamos para trás e é como se estivéssemos noutra Câmara!
Se há quatro anos dissemos com acerto que nos doze anos anteriores o concelho de Loures tinha desaparecido, no plano político, económico, social e cultural, deixando de ser uma referência nacional, podemos agora dizer com satisfação e verdade que Loures voltou a ser essa referência. Na cultura, na participação, no apoio à economia, no investimento, no peso das suas posições políticas, no respeito pelos trabalhadores e em tantas outras coisas, Loures está de volta!
Cumprimos os compromissos assumidos na campanha eleitoral. E durante o mandato continuámos, tal como na campanha, a falar verdade, a não prometer o que não podíamos cumprir, a respeitar inteiramente aqueles que nos elegeram.
Resolvemos problemas que estavam no centro das preocupações das populações e que hoje não têm significado na discussão e no debate político. Hoje já ninguém se lembra deles.
Há quatro anos estava em cima da mesa a privatização dos serviços municipalizados no território de Odivelas com a consequente destruição da sustentabilidade destes serviços do lado de Loures. Em poucos meses fizemos com Odivelas um acordo que a anterior gestão não soube ou provavelmente nunca quis fazer, por estar mais interessada em preparar o terreno para a privatização.
Há quatro anos estava em cima da mesa a aplicação das quarenta horas semanais no município e chegou mesmo a haver um despacho nesse sentido da próxima candidata do Partido Socialista à presidência da Câmara, entretanto retirado em face da contestação dos trabalhadores e da aproximação das eleições. Connosco as 35 horas nunca estiveram em dúvida e fomos os primeiros a assinar acordos com os sindicatos para o efeito, fazendo valer a autonomia constitucional dos municípios, mesmo perante as ameaças do governo de então.
Há quatro anos, em todo o concelho se falava da falta de iluminação pública, dos candeeiros que se desligavam quase uma hora antes de o dia nascer, condenando à escuridão milhares de pessoas que a essa hora precisavam de se deslocar para o seu trabalho. Hoje o horário é acertado com o nascer e o pôr-do-sol e investimos centenas de milhares de euros no reforço da iluminação pública em todas as freguesias do concelho.
Há quatro anos não havia fardamento adequado para a generalidade dos trabalhadores, comprometendo em muitos casos a sua segurança. Neste mandato investiram-se na Câmara e nos SIMAR mais de meio milhão de euros em equipamentos de proteção e fardamentos em geral e hoje todos têm acesso a eles. Até as trabalhadoras das escolas que sendo desde 2008 da responsabilidade da Câmara, nunca tinham recebido qualquer vestuário de trabalho, têm agora esse fardamento garantido.
Há quatro anos a recolha dos resíduos era uma das queixas mais frequentes da população e justamente. Hoje, com a contratação de meia centena de novos trabalhadores para o setor da recolha, com a entrada ao serviço de mais de uma dezena de novas viaturas, com a reformulação dos circuitos, a retoma da manutenção própria e o controlo da manutenção externa dos carros, pode haver pontualmente problemas, mas a situação geral mudou radicalmente para bastante melhor.
Caros amigos e camaradas
Um dos problemas mais graves que enfrentámos foi a situação financeira, em particular da dívida aos fornecedores. Foi preciso fazer o saneamento da Câmara, sob pena de estarmos permanentemente limitados nas opções de atividade e investimento pelo peso das dívidas do passado. Eram mais de 26 milhões a fornecedores e cerca de 400 mil euros ao movimento associativo popular.
Mas nós não fizemos uma recuperação financeira da Câmara a qualquer custo. Não aumentámos os impostos, antes baixamos o IMI ligeiramente três anos consecutivos. Foi aliás a primeira vez que isso aconteceu por decisão do município desde que a lei lhe atribui essa competência. Não penalizámos os trabalhadores, antes melhorámos as suas condições de trabalho e promovemos a mobilidade intercarreiras de mais de uma centena deles, inserindo-os nas carreiras das funções que efetivamente desempenham. Não diminuímos nem a atividade, nem o investimento porque os problemas mais urgentes tinham de ter resposta.
Recuperámos as finanças da Câmara com rigor na gestão, o fim de muitos desperdícios e despesas supérfluas e inúteis e a renegociação de algumas dívidas diferindo-as no tempo ou reduzindo as suas taxas de juro.
Foi assim que em paralelo contraímos um empréstimo que nos permitiu, com total sustentabilidade financeira, lançar uma série de investimentos essenciais, como a recuperação da rede viária, a construção ou remodelação total de várias escolas (incluindo a escola n.º 1 de Camarate, há oito anos em contentores), o términus do centro comunitário de Santo António dos Cavaleiros, a ciclovia Sacavém/Portela/Moscavide ou as decisivas obras de revitalização urbana.
Entretanto aumentámos o apoio anual aos bombeiros do concelho em mais de 200 mil euros e reforçámos em igual montante o apoio ao associativismo popular.
Estamos hoje em condições de suportar as contrapartidas nacionais dos projetos comunitários a que nos candidatámos (50%).
E foi também possível começar a recompor a capacidade de resposta do município, quer com a contratação de assistentes operacionais (em particular para escolas, resíduos e outras profissões operárias), quer com a compra de equipamentos, viaturas e máquinas pesadas que aumentaram em muito a nossa capacidade de trabalho.
Nas escolas, para além do investimento nas instalações e no aumento do número de auxiliares, investimos no apoio social, com a distribuição dos conjuntos de material ao pré-escolar e ao primeiro ciclo, a compra de 200 novos computadores para as escolas ou a garantia do seu acesso à internet.
Na cultura voltámos a ter uma intensa atividade e oferta, seja potenciando o trabalho de qualidade das coletividades do concelho, seja organizando momentos de oferta cultural de primeira linha para toda a população do concelho, por exemplo com espetáculos de alguns dos melhores artistas nacionais. Voltámos também a ter comemorações populares do 25 de Abril, coisa que esteve arredada durante vários anos deste município. Este Pavilhão Paz e Amizade voltou a ser o palco de grandes noites de música e cultura a que assistiram dezenas de milhares de pessoas.
Nestes quatro anos restituímos à Câmara de Loures o peso político que tem de ter e que é necessário para defender os interesses do concelho. Estivemos na frente da contestação à privatização da Valorsul, o que, embora não a tenhamos evitado, nos permitiu negociar um acordo parassocial com importantes salvaguardas e direitos para o município e uma participação na gestão da empresa.
Estivemos também na contestação à integração da Simtejo numa empresa maior pelo governo anterior com vista à sua privatização. E quando o atual governo decidiu reverter essa decisão, graças à forte oposição de alguns municípios como Loures, a proposta que nos apresentou inicialmente não era satisfatória, o que fez com que, ao contrário de outros municípios, em vez de assinar a solução do Governo, a contestássemos, abrindo caminho a um intenso processo de negociação que se concretizou depois em substanciais melhorias de que acabaram por beneficiar todos os municípios envolvidos.
A posição de Loures nas matérias em que o município e as suas populações têm interesse é ouvida e respeitada e é isso que nos dá mais instrumentos para exigir e defender as medidas que consideramos indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida no concelho.
Talvez o maior património que recuperámos tenha sido por isso o da credibilidade do município e do executivo municipal. Com a CDU a Câmara voltou para as pessoas e instituições, do concelho e fora dele, a ser uma entidade de confiança.
Porque é gerida por gente séria, que gere com parcimónia os meios do município, que não tem benefício nem para si nem para os seus próximos da gestão municipal, que acabou com os gastos inúteis e excessivos, com as promiscuidades, com a falta de transparência.
Uma Câmara de gente que cumpre os seus compromissos. Uma Câmara que tem um tratamento igual e transparente na distribuição dos dinheiros públicos, seja para as freguesias, para as coletividades, para os bombeiros ou para qualquer outro tipo de instituições.
Uma Câmara que fez da participação das populações uma prática corrente da gestão, com mais de 120 sessões públicas realizadas, uma ampla e rigorosa informação à população e uma disponibilidade permanente para ouvir quem nos quer apontar um problema, criticar uma decisão ou partilhar uma opinião.
É evidente que não está tudo bem. Continua a haver problemas muito sérios e de difícil resolução e dificuldades do município – designadamente da Câmara e dos SIMAR – para dar resposta mais adequada em muitas áreas. Mas o caminho feito é muito significativo. E podemos dizer que a esperança que se abriu há quatro anos se transformou em confiança na CDU e no trabalho municipal.
Loures é de confiança, porque a CDU é de confiança!
Este notável resultado é o fruto do trabalho de toda a equipa de vereadores da CDU – o Paulo Piteira, a Maria Eugénia Coelho, o António Pombinho e o Tiago Matias -, que enfrentaram com coragem todas as dificuldades – e foram muitas – souberam procurar soluções para os problemas, dinamizar a estrutura e os dirigentes do município e restituir o prestígio ao executivo municipal.
O mesmo se diga dos restantes eleitos da CDU no concelho, desde a presidente e dos membros da bancada na assembleia municipal até aos nossos quatro destacados presidentes nas freguesias, bem como a todos os restantes eleitos nas juntas e assembleias de freguesia.
É também consequência do trabalho incansável, empenhado e militante dos membros dos nossos gabinetes, indispensável para multiplicar por muitos o trabalho que seria impossível de assegurar só pelos cinco eleitos na Câmara.
Se chegámos aqui com tantas concretizações, é porque tivemos o empenho e dedicação dos trabalhadores e dirigentes do município. Sem eles não seria possível construir tudo o que alcançámos e ainda vamos alcançar neste quatro anos. Assim se prova que o declínio verificado nos anos anteriores à nossa chegada não aconteceu por causa dos trabalhadores, mas pelas orientações e prática política errada de quem nos antecedeu.
Mais ainda. Os enormes avanços que conseguimos nestes quatro anos não se devem apenas ao esforço dos eleitos e das equipas de trabalho. Eles provam a enorme riqueza e validade do projeto autárquico da CDU, da sua consigna de trabalho, honestidade e competência, da sua aposta na gestão democrática e participada, na defesa e valorização dos serviços públicos e do papel dos seus trabalhadores. O resultado não seria o mesmo se não fossemos a CDU.
O trabalho feito em quase quatro anos e os resultados já obtidos dão-nos ânimo e força para continuar. Por isso apresentamos hoje esta candidatura com a segurança do dever cumprido, mas também com a certeza de que é preciso continuar este trabalho, de que é preciso continuar a avançar e de que só com a CDU isso será possível.
Em quatro anos resolvemos grandes problemas e lançámos opções estratégicas. Agora é preciso consolidar e desenvolver essas linhas estratégicas de ação. Temos uma ideia para o concelho.
Queremos um concelho com desenvolvimento sustentável, que proteja e valorize o ambiente, que dê prioridade à cultura e ao desporto, fomente a coesão social, aposte na educação e garanta serviços públicos municipais de qualidade.
Para o desenvolvimento do concelho é indispensável atrair e potenciar o investimento na atividade económica para que se traduza também na criação de emprego. Temos trabalhado afincadamente com as empresas do concelho, em parceria com as mais prestigiadas universidades e escolas superiores (como o Instituto Superior Técnico ou a Universidade Nova), para que se desenvolvam novos projetos, cada vez mais assentes na inovação, na qualidade e na tecnologia. Com a criação da agência de investimento, o número 1 dos nossos dez compromissos para a mudança, potenciámos o trabalho do município nesta área.
Só desde o início de 2016 a nossa Agência de Investimento tem vindo a acompanhar mais de 100 projetos de novos investimentos, transferências para o concelho ou ampliação de atividades já existentes, que correspondem a potenciais investimentos de mais de 300 milhões de euros e à criação de 2800 postos de trabalho, dos quais já se concretizaram cerca de 100 milhões e a criação de 800 empregos.
Criámos a Loures Inova, em conjunto com o MARL e a Madan Parque/Universidade Nova, para apoio a projetos inovadores no concelho. Criámos, em conjunto com as Câmaras de Mafra e Sintra, bem como diversos parceiros públicos e privados, a A2S, associação para o desenvolvimento da região saloia, que pela primeira vez vai permitir a decisão local sobre financiamento comunitário a projetos na zona rural do concelho. É um trabalho que tem de se intensificar ainda mais no próximo mandato.
Da mesma forma o nosso desenvolvimento passa por uma forte aposta no desenvolvimento do turismo, em particular potenciando o vinho de Bucelas, o riquíssimo património construído e as inúmeras manifestações de cultura no nosso concelho.
Teremos de continuar a fazer uma gestão urbanística cuidada e apostada sobretudo na fixação de atividades económicas relevantes, não descurando a melhoria do território e em particular o progresso dos processos de legalização das AUGI do concelho.
Temos de dar continuidade aos trabalhos de revitalização urbana agora iniciados e que vão transformar a face e certamente também a vida dos núcleos urbanos, avançando para as segundas fases dos que já estão em curso e alargando este trabalho a novos centros urbanos de outras freguesias, onde essa intervenção é também necessária.
Precisamos de continuar a investir em importantes infraestruturas e na renovação das antigas. Depois do progresso substancial na reparação da rede viária neste mandato – cerca de 60 km asfaltados até agora num investimento de cerca de 10 milhões de euros – no próximo mandato esse trabalho tem de continuar. Precisamos igualmente de avançar com a construção de algumas novas infraestruturas rodoviárias necessárias para completar a rede de viária do concelho.
Em matéria de rede de águas e saneamento, em que a falta de manutenção e renovação nos coloca hoje em difícil situação com as frequentes roturas, é preciso aumentar drasticamente o investimento e teremos de encontrar as soluções financeiras para o fazer de forma sustentada. Logo no início do mandato vai iniciar-se a reparação do Caneiro de Sacavém, obra de grande dimensão e com um custo de cerca de 10 milhões de euros, que vai pôr fim a décadas de inundações da baixa de Sacavém. Mas é preciso intervir na rede de águas por todo o concelho.
No ambiente temos de continuar a apostar no trabalho de limpeza e renaturalização das linhas de água, capaz de ajudar a prevenir cheias e restaurar os ecossistemas fluviais em muitos casos podendo proporcionar atividades de lazer junto aos rios e ribeiras.
Nesse aspeto assumem particular importância para o próximo mandato os projetos: da frente ribeirinha, voltando a proporcionar acesso de bicicleta e a pé em toda a frente ribeirinha do Tejo, há décadas roubada à nossa população da zona oriental; e do Parque da Várzea, procurando aproveitar para atividades de desporto e natureza essa imensa riqueza natural que é a várzea do Trancão, elemento de união entre as zonas oriental e norte do concelho.
Será também essencial o desenvolvimento da rede de parques urbanos, a que se deu forte impulso com a abertura da quinta dos remédios, alargando e melhorando os parques existentes onde isso for possível e criando novos parques noutras localizações.
E teremos de ser cada vez mais um concelho apostado na eficiência energética, matéria em que demos passos importantes neste mandato (iluminação led, energia reativa) mas em que precisamos, por razões ambientais, mas também para uma melhor gestão dos nossos recursos, de avançar muito mais.
Somos um concelho que voltou a ser conhecido por dar prioridade ao apoio à cultura e ao desporto. Esse vetor tem de continuara a ser estratégico no próximo mandato. É preciso reforçar o apoio aos agentes desportivos e culturais locais, designadamente as coletividades, consolidar o apoio a jovens criadores como, já fazemos nas artes plásticas, na música e na criação literária.
Vamos continuar a consolidar iniciativas de referência como o Festival Internacional de Bandas Filarmónicas, ou as iniciativas na área da execução, ensino e composição do clarinete, os festivais das modalidades desportivas prioritárias como o Gimno Loures ou o Festival de Artes Marciais ou ainda o Loures Arte Pública e todas as intervenções na arte urbana de que Loures já se tornou um a referência mundial. E certamente vamos avançar com novas iniciativas de referência, que continuem a afirmar Loures como um concelho de referência nestas áreas.
Toda esta dinâmica vai crescentemente colocar-nos a necessidade de equacionar nestas áreas, mas particularmente na área da cultura, soluções ao nível dos equipamentos que deem resposta adequada às crescentes necessidades. É matéria em que teremos de tomar decisões importantes no próximo mandato.
A coesão social terá de continuar a ser uma prioridade no próximo mandato, promovendo o apoio social dentro das nossas competências, mas em particular mantendo a prioridade à intervenção nas habitações municipais e lutando para que, com a intervenção da Câmara mas com a indispensável participação das entidades responsáveis da administração central, se ponha fim às situações de insegurança e indignidade que ainda temos no concelho, como é o caso do Bairro da Torre.
Neste bairro, que parece ser invisível para os donos do aeroporto, apesar de estar em terrenos seus e paredes meias com as pistas de aviação, só a Câmara tem vindo a intervir e a trabalhar, mantendo o fornecimento de água, criando condições para que os moradores possam ter acesso à eletricidade que a EDP cortou de forma absolutamente desumana e realojando as situações mais gritantes e para as quais encontrámos solução, como ainda há poucos dias aconteceu com o realojamento de seis pessoas e demolição das respetivas barracas. Mas este problema não tem resolução só com a Câmara e é preciso que as entidades que olham para o lado para não verem o Bairro continuem a ser confrontadas com as suas responsabilidades. Não queremos que decorra outro mandato sem que este problema se resolva em definitivo.
Por outro lado é preciso continuar a apostar numa política de promoção da vida ativa e da participação dos idosos e reformados e prosseguir no esforço de dotar o concelho de respostas para os adultos com deficiência, em que só agora se está a abrir caminho para a existência de respostas até aqui totalmente inexistentes no nosso concelho.
Na educação, teremos de prosseguir a renovação do parque escolar e de continuar a reforçar os recursos humanos nas escolas, mesmo mantendo uma profunda discordância com o modelo de descentralização de competências que herdámos do passado e que pode ainda vir a ser agravado no processo em curso de transferência de novas competências. Vamos continuar a reforçar o apoio escolar como se fez este ano com a distribuição de conjuntos de material escolar, essenciais para que todos possam aprender com os instrumentos necessários e a promover e apoiar o trabalho de desenvolvimento pedagógico em parceria com as escolas.
Queremos ter cada vez mais serviços públicos municipais de qualidade, em particular no que diz respeito aos atendimentos ao público que devem dar resposta a uma multiplicidade de questões, da Câmara, dos SIMAR e também de entidades da administração central de forma concentrada num só balcão, mas descentralizada em vários pontos do concelho, estando já a avançar projetos para a sua instalação no centro de Loures, em Sacavém e em Moscavide, mantendo-se a loja do Loures Shopping e que serão acompanhados por um balcão virtual capaz de dar resposta a um conjunto significativo de matérias.
Mas queremos também serviços públicos de qualidade nas áreas da competência da administração central, sejam os pavilhões desportivos em falta em várias escolas ou as obras de fundo noutras delas, sejam os novos centros de saúde em Santa Iria (já em fase de compromisso com o ministério da saúde), em Santo Antão, no Catujal e em Camarate, seja a melhoria das condições de operacionalidade das forças de segurança, com a construção do novo quartel da GNR em Bucelas, a ampliação da esquadra da PSP em Camarate e a dotação das esquadras dos agentes e particularmente das viaturas necessárias para desempenharem as suas funções.
Apesar de ter vindo consecutivamente a descer a criminalidade e a criminalidade violenta no nosso concelho, fruto também, do trabalho de prevenção da Câmara (por exemplo no reforço da iluminação pública na intervenção social e nas ações de sensibilização), em conjunto com as forças de segurança e outras entidades, é preciso que a PSP e a GNR tenham os meios necessários para o correto desempenho das suas funções.
É indispensável igualmente que a administração central venha a dar resposta positiva ao nível da mobilidade. Em primeiro lugar nas questões viárias que continuam por resolver apesar do forte empenho e contributo da Câmara, casos da saída da A1 em São João da talha e Bobadela, ou da variante a Bucelas. Em segundo lugar ao nível dos transportes públicos, do seu reforço, da sua coordenação e da baixa dos custos para as populações.
Os transportes públicos vão ser, nos próximos meses e no próximo mandato uma matéria essencial para a intervenção do município. Não podemos continuar a ter a carência que neste momento existe para mais com custos incomportáveis para as populações.
Precisamos que seja efetivamente considerada a extensão do metro a Santo António dos Cavaleiros e a Loures, bem como à Portela e a Sacavém, o reforço da intervenção da Carris no concelho, quer nas carreiras que já existem, quer na extensão do seu serviço pelo menos a Sacavém e ao centro de Camarate, o investimento na linha da Azambuja e nas suas estações e apeadeiros para que esta seja uma real alternativa na deslocação para Lisboa e a consagração de um passe único para a área metropolitana, com a revisão das coroas que permita incluir novas áreas do concelho e a diminuição do custo do título de transporte.
Finalmente, no próximo mandato, os trabalhadores do município continuarão a ser peça essencial da nossa política. É preciso recrutar mais trabalhadores e reforçar os equipamentos de trabalho para que a nossa resposta aumente em quantidade e qualidade; é preciso continuar a melhorar as condições de trabalho; é preciso que o Governo reponha os direitos retirados nos últimos anos e que regulamente o acesso em todos os municípios ao subsídio de insalubridade e risco.
Contamos com os trabalhadores. Eles foram uma força essencial à vitória da CDU há quatro anos e certamente continuarão a ser um eixo essencial da nossa força e da nossa política.
Apresentamos hoje também o nosso mandatário concelhio para as próximas eleições. Quero agradecer ao maestro António Saiote a disponibilidade que manifestou para apoiar este projeto, sabendo eu que nunca tinha no passado dado o seu contributo ativo a um projeto político. A sua presença aqui tem muitos e importantes significados.
Em primeiro lugar e sendo o maestro António Saiote um músico, maestro e professor de categoria mundial, com um impressionante currículo de atuações como músico e dirigindo orquestras por todo o mundo e também em Portugal, a sua presença aqui e o seu apoio simboliza na perfeição a prioridade que a CDU dá à música e à cultura no seu projeto.
Em segundo lugar porque é um homem do concelho e da cidade de Loures, que apesar trabalhar e ensinar por todo o país e por todo o mundo, nunca deixou de acompanhar e de se interessar pelo futuro da sua terra e aqui está hoje a comprovar isso mesmo.
Em terceiro lugar porque o Maestro António Saiote não integra qualquer das forças políticas que constituem a CDU e por isso representa também a abrangência que este projeto tem cada vez mais; um projeto em que cabem todos os que defendem uma gestão autárquica de trabalho, honestidade e competência e os que querem o progresso e o desenvolvimento do concelho de Loures.
Obrigado maestro António Saiote!
Uma palavra também de reconhecimento para o José Júlio Morais, o nosso anterior mandatário concelhio, que continua a ser para nós um autarca de referência e um apoio imprescindível ao prestígio do projeto da CDU nas autarquias.
Nestas eleições e para o próximo mandato será essencial o progresso da CDU nas freguesias. É que, não poucas vezes e apesar de a Câmara tratar todas as freguesias em pé de igualdade, temos do lado de algumas freguesias com maiorias de outras forças políticas uma ação destrutiva constante, uma ausência de colaboração institucional plena uma preocupação mais com o ataque político à Câmara do que com uma boa gestão na freguesia.
Será de decisiva importância que, para além do reforço da CDU nas atuais freguesias em que é maioria, fosse possível a CDU ser maioria noutras em que agora outros governam. É que nalgumas dessas freguesias sentimo-nos por vezes, como já disse noutra iniciativa, a pedalar uma bicicleta em que um pedal empurra para a frente – a Câmara – e o outro só pedala para trás – a freguesia.
Será importante ter novas maiorias da CDU nas freguesias, não para que deixassem de ser críticos e exigentes com a Câmara sempre que isso seja necessário e justo, como de resto fazem os quatro atuais presidentes da CDU, mas para que tivéssemos no município e na freguesia o objetivo comum do desenvolvimento e da convergência para a melhor resolução dos problemas.
Trabalhámos com todos os quadrantes
A opção que temos nestas eleições é entre regressar às políticas do passado ou continuar a construir o futuro; é entre o progresso ou o retrocesso; é entre uma gestão assente no planeamento e na visão estratégica ou entregue ao improviso e às medidas de curto prazo; é entre uma política de valorização dos serviços públicos e dos trabalhadores do município, ou o regresso à desagregação dos serviços e ao desrespeito dos trabalhadores.
Tal como há quatro anos, mas muito mais hoje, estão aqui pessoas de diversos quadrantes sociais e até políticos. Mas estão aqui porque reconhecem na CDU um trabalho de confiança e de qualidade e sabem que para a continuação das suas atividades – sejam associativas, sociais ou empresariais – precisam de fiabilidade e coerência na política municipal. E que é esta a candidatura que está em condições de lhes assegurar essa segurança.
E lá fora, por todo o concelho, estão muitos mais que pensam da mesma maneira. Mas é preciso que todos tenham a consciência de que, apesar do trabalho que fizemos e da sua inegável qualidade, as eleições não se ganham com balanços positivos; ganham-se com apoios e com votos; e que para que esta candidatura continue a gerir os destinos do concelho é indispensável que o reconhecimento se transforme em apoio e que o apoio se transforme em votos. Só assim se garante que não vamos ter um amargo regresso ao passado.
É por isso que dizemos que “Todos contam por Loures”, porque na verdade todos os que querem o progresso do nosso concelho e uma gestão de trabalho, honestidade e competência, é nesta candidatura, é na candidatura da CDU que encontram o seu espaço, a sua casa, a sua opção. Não nos interessa questionar quais foram as suas opções anteriores, ao nível político e eleitoral, mas apenas saber se querem embarcar connosco nesta apaixonante aventura de sermos um concelho em progresso, com uma vida cada vez melhor para toda a nossa população. Este é o vosso espaço, esta é a vossa candidatura!
Temos pois uma intensa campanha pela frente, em que será preciso fazer um grande trabalho de esclarecimento de divulgação dos nossos resultados e do nosso projeto, sobretudo face às mais do que previsíveis operações de desinformação e mentira que já se vão vendo por aí.
Uma campanha em que podemos e devemos ter como objetivo reforçar as nossas votações e representação em todos os órgãos municipais e de freguesia para que tenhamos melhores condições de trabalho nos próximos quatro anos, sempre respeitando o diálogo com todas as forças políticas e a participação de todas as instituições e cidadãos do concelho.
Esta iniciativa de hoje dá-nos uma enorme confiança de que vamos poder continuara o nosso trabalho e seremos capazes de fazer mais e melhor, de ir mais longe nas políticas de desenvolvimento do concelho.
Com todos vós; com todos nós, isso será possível.
Viva a CDU, Viva o Concelho de Loures! (Intervenção de Bernardino Soares)