Realizou-se no passado dia dia 23 de julho de 2024, a reunião solicitada pela CDU com o Conselho de Administração da ULS de Loures e Odivelas.
Numa delegação composta pelos vereadores Gonçalo Caroço e Fernanda Santos, e pela eleita na Assembleia Municipal de Loures, Fátima Amaral, foi possível caracterizar a actual situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no concelho de Loures e a sua capacidade de resposta, a qual se tem caracterizado nos últimos anos como insuficiente, quer nos cuidados de saúde primários, quer nos cuidados hospitalares.
Persiste a falta de médicos e enfermeiros de família e a resposta dada a partir dos Centros de Saúde é incapaz de garantir o acesso aos cuidados que ali deveriam ser encontrados pelos utentes. Estas insuficiências são elas mesmo geradoras de pressão desnecessária nos cuidados de saúde hospitalares e dos serviços de urgência, levando a que estes, já de si deficitários em profissionais de saúde, tenham muita dificuldade em responder à crescente procura.
Continuamos com a indefinição de um largo número de utentes sem médico de família que são empurrados para unidades de saúde fora do seu concelho e de difícil acesso dos quais se destacam os casos dos utentes de Camarate, distribuídos por 3 unidades de saúde do concelho de Lisboa e uma em Loures.
Assim mantêm-se os problemas relacionados com:
- Encerramento das urgências de pediatria à noite e fim de semana que passaram de provisório a definitivo
- Inexistência de um atendimento complementar ao fim de semana e feriados na zona norte do Concelho de Loures
- Inexistência de meios complementares de diagnóstico em centros de saúde que possibilitem dar resposta em alguns meios simples, como a radiografia e análises clínicas que permitam diminuir uma pressão desnecessária sobre os serviços de urgência do Hospital Beatriz Ângelo.
- Um investimento na prevenção da doença, deixando de alimentar o negócio da doença que, não contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população, tem como objetivo manter um lucrativo negócio que cada vez mais serve apenas alguns, negando a largos milhões de pessoas com limitada capacidade económica os cuidados de saúde que necessitam.
Para a CDU, desta reunião resulta ainda a clara necessidade de garantir que a gestão do HOspital Beatriz Ângelo se mantém na esfera pública, dotando-o dos meios humanos e materiais que assegurem a resposta que o mesmo deve ser capaz de dar.
Na defesa do SNS, podem contar com a CDU.