O concelho de Loures encontra-se no centro da Área Metropolitana Nortede Lisboa. Esta verdade geográfica, incontornável, tornou-se também uma
verdade com conteúdo estratégico, com a construção de vias rodoviárias
circulares a Lisboa, que, nos anos 90 permitiram que Loures passasse a
ser o centro, também económico e social, da AML, localização
privilegiada para a captação de investimento.
O concelho de Loures encontra-se no centro da Área Metropolitana Norte de Lisboa. Esta verdade geográfica, incontornável, tornou-se também uma verdade com conteúdo estratégico, com a construção de vias rodoviárias circulares a Lisboa, que, nos anos 90 permitiram que Loures passasse a ser o centro, também económico e social, da AML, localização privilegiada para a captação de investimento.
No entanto, os habitantes de Loures, se passaram a ter melhores vias rodoviárias de acesso a Lisboa e dentro da AML (com a CRIL, CREL, Via de Cintura, Eixo Norte-Sul), continuam no Eixo Loures/ Lisboa a não ter acesso a meios de transporte pesado de passageiros, que permitam uma melhor mobilidade.
As propostas da Câmara Municipal de Loures na segunda metade da década de 90 não tiveram seguimento e foram "esquecidas" pela actual Administração PS, continuando o referido eixo demasiado dependente do modo rodoviário de transporte.
Os actuais conceitos de qualidade de vida, incluem, inevitavelmente, o de mobilidade.
Neste, como em outros capítulos, a qualidade de vida no concelho de Loures não atinge os patamares que seriam exigíveis. Esta questão assume agora importância acrescida, com a espiral dos preços dos combustíveis, por um lado, e a necessidade de redução do consumo dos combustíveis de origem fóssil, causa principal dos actuais riscos ambientais.
A actual situação exige um novo impulso na actividade municipal, baseada numa estratégia que valorize o transporte público e a melhoria da mobilidade para os habitantes e trabalhadores do nosso concelho.
De facto, a situação actual impõe, com acrescida relevância, uma aposta no transporte público e colectivo, a qual terá, necessariamente, que ter em conta as motivações actuais de quem vive e trabalha no nosso concelho, de forma a oferecer um serviço com uma relação qualidade/custo apetecível e, portanto, dissuasora da utilização do transporte individual.
Para tal, propomos as seguintes medidas:
1. Melhoria da oferta de transportes públicos
1.1. Exigência da extensão do serviço de Metropolitano a Sacavém e Portela;
1.2. Exigência da extensão do serviço de Metropolitano a Santo António dos Cavaleiros e Loures;
1.3. Revalorização do transporte ferroviário na zona oriental de Loures;
1.4. Oferta gratuita, em quantidade suficiente, de estacionamento público junto às estações e apeadeiros de transporte (Metro de Moscavide e Caminho de Ferro);
1.5. Criação de corredores "bus", nos principais eixos de transporte colectivo em modo rodoviário;
1.6. Participação e acompanhamento da Avaliação de Impacto Ambiental da linha de Alta Velocidade Lisboa/Porto, garantindo a salvaguarda de Vila de Rei, das vinhas de Bucelas, bem como dos restantes interesses do nosso concelho;
1.7. Articulação com os operadores de transportes, de modo a adequar a oferta às efectivas necessidades das populações. Exemplos de insuficiências e necessidades:
reposição da carreira que servia o Bairro Moinho de Vento / Apelação;
reorganização da circulação dos transportes em Camarate;
carreira para servir os Bairros dos Monjões, Salvação e o centro da Vila e os espaços públicos CP, Escolas e Centro de Saúde / Santa Iria de Azóia;
carreira urbana para servir os Bairros da freguesia de S. João da Talha e os equipamentos colectivos em particular o Centro de Saúde;
carreira que sirva as Torres da Bela Vista e de uma inter-urbana em Santo António dos Cavaleiros;
falta de carreiras aos fins-de-semana no Zambujal / S.Julião Tojal;
e, de uma forma geral, falta de transportes nocturnos em todo o Concelho, preços elevados e equipamentos degradados.
1.8. Reformulação do estacionamento pago.
2. Acessibilidades rodoviárias
Construção da Variante a Bucelas;
Conclusão da Via de Cintura no território do concelho de Loures;
Exigência da construção do acesso à A1 em S. João da Talha;
Exigência de uma solução a curto prazo para a circulação de pesados na EN8, desviando-os da cidade de Loures;
Conclusão da variante à cidade de Loures.