São várias as associações de Lisboa que enfrentam dificuldades provocadas pelo impacto devastador da lei das rendas, da especulação imobiliária e da falta de apoios da CML, traduzido em processos de despejos concretizados ou iminentes e pela falta de resposta quanto a espaços disponíveis que possam garantir a continuidade do trabalho e a sua permanência na cidade.
Perante esta situação, os vereadores do PCP entendem que a Câmara Municipal de Lisboa – o maior proprietário da Cidade – deve assumir um papel ativo na procura de soluções que assegurem a viabilidade, a continuidade e a vitalidade do tecido associativo da cidade, nomeadamente no que se refere aos espaços para instalar estas coletividades, sem descurar o potencial do edificado de propriedade pública e municipal.
Mas não apenas. Este Gabinete terá como atribuições, entre outras que se revelem pertinentes: a elaboração de um diagnóstico das necessidades das coletividades em situação de emergência; a avaliação da melhor atuação da CML para a resolução das dificuldades; o encaminhamento, sempre que possível, para soluções de atribuição de espaços municipais disponíveis, não utilizados, adequados às suas necessidades; o auxílio na concretização de candidaturas a apoios municipais diversos; a prestação de apoio técnico; a criação de um fórum/ponto de encontro das coletividades da cidade que sirva para intercâmbio de experiências e boas práticas e potencie colaborações e projetos conjuntos.
A elaboração desta proposta surge na sequência de muitos encontros, reuniões e visitas que a CDU (PCP-PEV) tem promovido com várias associações de Lisboa que estão numa situação de emergência: Academia de Recreio Artístico (ARA), a Arroz Estúdios, a Artistas Unidos, o Carnide Clube, a Casa Independente, o Clube Atlético de Alvalade (CAA), o Grupo Dramático e Escolar “OS COMBATENTES”, a Sirigaita, a SMOP – Sociedade Musical Ordem e Progresso, a Zona Franca dos Anjos, Academia Amadores de Musica, entre muitas outras.
Com a aprovação desta proposta, estas e todas as outras associações da cidade terão um Gabinete de Apoio às Coletividades (GAC) que será o ponto de contacto privilegiado com a CML.
Para a CDU, defender o movimento associativo de base popular é condição necessária para uma cidade participada, viva e multifuncional. Este Gabinete pode constituir-se como um bom contributo para este desígnio.
Consulte aqui a proposta: