A gestão PSD/CDS de Carlos Moedas, como tem vindo a ser hábito, apresentou mais uma proposta com fins meramente propagandísticos e eleitoralistas, que os vereadores PCP votaram contra.
Pretende a CML mobilizar profissionais da saúde dos Serviços Sociais da CML para fazerem consultas ou prestarem cuidados médicos avulsos a moradores dos Bairros Municipais.
É uma medida que, aproveitando-se dos reais problemas que as pessoas sentem no acesso ao SNS, pretende criar a perigosa ilusão à população de que, com este serviço, a CML consegue colmatar as necessidades de cuidados de saúde.
Isto não é só falso como perigoso.
Disponibilizar cuidados de saúde de forma avulsa à população não substitui o trabalho dos cuidados de saúde primários e dos respectivos profissionais. A prestação de cuidados de saúde de forma segura só poderá ser garantida através do SNS, por médicos e enfermeiros com apoio de meios auxiliares e de diagnóstico e não com consultas sem informação médica anterior e sem meios auxiliares de diagnóstico, só possíveis de requisitar de forma gratuita através do SNS.
Esta é mais uma falsa medida – à semelhança, aliás, do Plano de Saúde Lisboa 65 + que se mostrou ineficaz e até sem adesão – que se insere no objectivo político da AD – PSD/CDS: apostar no esvaziamento e destruição do SNS e impedir a sua recuperação.
À AD na CML e ao seu presidente Moedas caberia dar corpo à reivindicação da população junto do Governo, da exigência de mais médicos de família, para os milhares de utentes na cidade de Lisboa, entre eles aos 15000 do Centro de Saúde de Marvila (freguesia onde pretendem iniciar este plano) e não apresentar falácias maquilhadas de soluções.
Esta é mais uma proposta populista, enganadora e perigosa da gestão do PSD/CDS na CML, viabilizada com os votos do PS.
O PCP continuará a intervir e a lutar pela valorização dos profissionais, pelo reforço dos meios e condições no SNS.