Diariamente, os utentes do Metro de Lisboa deparam-se com a ocorrência sucessiva de “perturbações na linha”, somando-se às situações de falhas e interrupções na circulação, reflexo de uma vertiginosa degradação do serviço público prestado pelo Metropolitano de Lisboa.
Carlos Moura, Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Bruno Dias, deputado do PCP à AR, outros eleitos do PCP na Cidade de Lisboa, estiveram hoje, em várias estações do Metropolitano e ouviram as preocupações dos utentes, no que respeita aos tempos de espera, ao número insuficiente de carruagens, qualidade e conforto das mesmas, à falta de funcionários nas bilheteiras e estações, e o preço dos títulos de transportes.
A já degradada situação de tempos de espera longos, com os utentes a serem transportados como autênticas “sardinhas em lata”, agrava-se agora com a chegada de milhares de visitantes a Lisboa e a imobilização de 30 das 111 carruagens triplas do Metropolitano.
A Empresa Metropolitano anunciou recentemente que iria reforçar o seu serviço na Linha Vermelha, face ao previsível aumento de passageiros nessa linha, que decorre da realização do Web Summit. O PCP denuncia que esse aumento de oferta só será possível à custa da, ainda maior, degradação do serviço público nas restantes Linhas, prestado aos seus utentes habituais. Mais, o PCP questiona, com a imobilização tão elevado número de composições, que serviço irá prestar aos seus utentes no dia seguinte ao encerramento deste evento?
É necessário redefinir as prioridades para Metropolitano de Lisboa, garantir o investimento neste serviço de transporte público, a contratação dos trabalhadores necessários, o alargamento da sua rede e a redução das tarifas aplicadas.
Os eleitos do PCP continuam a exigir:
· A contratação de 30 maquinistas, prometidos há mais de um ano e dos quais apenas 10 já se encontram ao serviço;
· O reforço do número de trabalhadores necessários para garantir a manutenção e reparação da infra-estrutura e dos comboios e o guarnecimento das estações;
· Aquisição de peças e equipamentos, que permita as reparações e manutenções atempadas e planeadas;
· O alargamento da rede do metro, da Linha Vermelha a Alcântara; Alargamento a Loures. E assim, de facto, repor, e alargar, uma oferta de qualidade;
· Os descontos para reformados e estudantes, devem ser repostos para todos os utentes;
· Nos passes intermodais devem ver revertidos os aumentos de mais de 30% que tiveram em 5 anos e devem ser alargados a toda a região metropolitana, a todas os operadores e carreiras;
Na defesa dos interesses de quem vive e trabalha na cidade, está na altura de inverter o brutal aumento de preços imposto aos utentes por PSD/CDS, que ultrapassou os 100% nalguns segmentos, e avançar com a proposta apresentada pelos eleitos da CDU para o passe intermodal, que mereceu o acordo de todos os municípios da Área Metropolitana mas que foi chumbado na Assembleia da República, já em 2016, com os votos contra do PS/PSD/CDS e com abstenção do BE.
Cabe ao Governo e à Câmara Municipal de Lisboa, dentro das suas competências e responsabilidades, decidir de que lado estão e se pretendem ou não, defender os interesses de quem vive e trabalha na cidade.
Os eleitos do PCP e da CDU prosseguirão a sua intervenção para alcançar um serviço público de Metropolitano de qualidade.