A Renovação da Rede da Carris prejudica as populações e a cidade

Em Nota de Imprensa, a DORL do PCP critica as novas alterações na Rede 7:  "Acontece que as
alterações recentemente apresentadas pelo Governo vão
no sentido oposto às necessidades das populações:
não alarga a rede às zonas sem transporte público;
aumenta o número de zonas sem transporte a partir das 21.30
(à Penha de França, a São João, etc.);
diminui ou elimina a oferta nos percursos onde existe metropolitano,
e ainda procede ao encurtamento de carreiras impondo uma sistemática
prática de transbordos, com custos acrescidos para o utente,
quer no tempo de percurso, quer no custo da viagem."

A CDU da Cidade lançou uma campanha contra o corte de carreiras, que o PCP saúda, ao mesmo tempo que apela às populações para dinamizarem a luta em defesa dos transportes públicos. 

NOTA DE
IMPRENSA SOBRE

Renovação
da Rede da Carris

Alterações
vão no sentido oposto às reais necessidades das
populações

  1. A renovação
    da Rede da Carris é uma necessidade premente. As duas razões
    fundamentais são: a existência de vastas áreas
    da Cidade de Lisboa sem qualquer transporte público ou sem
    transportes públicos a partir das 21.30 horas (exemplo nas
    freguesias da Ameixoeiras, Charneca, Ajuda, etc.); uma oferta que
    tende a esquecer os cidadãos com mobilidade reduzida, para
    quem a rede de Metro não representa qualquer alternativa.

  1. Igualmente premente
    é a correcção das alterações
    introduzidas quando da implementação da primeira fase
    da Rede 7, que afectaram significativamente a mobilidade na Cidade.
    E não pode deixar de ser sublinhado que o Governo avance
    agora com a 2ª fase sem antes se proceder a um estudo das reais
    consequências da 1ª fase.

  2. Acontece que as
    alterações recentemente apresentadas pelo Governo vão
    no sentido oposto às necessidades das populações:
    não alarga a rede às zonas sem transporte público;
    aumenta o número de zonas sem transporte a partir das 21.30
    (à Penha de França, a São João, etc.);
    diminui ou elimina a oferta nos percursos onde existe metropolitano,
    e ainda procede ao encurtamento de carreiras impondo uma sistemática
    prática de transbordos, com custos acrescidos para o utente,
    quer no tempo de percurso, quer no custo da viagem.

  3. A realidade que
    nenhuma campanha publicitária consegue disfarçar é
    que estamos perante mais do mesmo:

    • O Governo quer
      reduzir custos à custa dos utentes;

    • Assegurado uma rede
      (e mínima) para que os trabalhadores possam chegar aos
      locais onde produzem a riqueza de que os patrões irão
      beneficiar, tudo o resto é acessório. Não
      importa aos patrões, logo não importa ao Governo.

    • O Governo prepara a
      privatização de mais este serviço público.

    • O Governo continua
      sem querer ver o carácter estratégico para a economia
      nacional de uma rede de transportes públicos que, a par da
      promoção da mobilidade e qualidade de vida,
      contribua decisivamente para a redução da factura
      energética nacional.

  4. Uma política
    que tem originado igualmente o sucessivo ataque aos trabalhadores da
    Carris, que têm visto o seu salário diminuir todos os
    anos, e sofrem agora um ataque aos seus direitos, através da
    tentativa de liquidar o Acordo de Empresa.

  1. Só a luta das
    populações e dos trabalhadores poderá conseguir
    a inversão desta política.

    • O PCP saúda
      a campanha lançada pela CDU da Cidade de Lisboa “Por mais
      e melhores trasportes públicos!”, e apela à
      população da Cidade para que intensifique a luta
      contra as alterações que o Governo tenta impôr
      à Rede da Carris, e exigindo da Câmara Municipal uma
      firme defesa da população.

    • O PCP saúda
      a luta dos trabalhadores da Carris, em defesa dos seus direitos e
      da Empresa.

Executivo da DORL

PCP