Se os desfiles da Baixa da Banheira e da Amadora superaram todas as
expectativas, o de Lisboa, ao final da tarde de quarta-feira, excedeu-as
em todos os sentidos. Como um rio que ganha força à medida que vai
crescendo, também a CDU «avança com toda a confiança», sendo este o
«voto da mudança».
Pelas ruas havia sinais de uma outra arruada, que aconteceu minutos
antes. Rosas murchas, documentos rasgados, amachucados, deitados ao
chão, davam conta do descontentamento, visível, no rosto e nas vidas das
pessoas.
Pelo contrário, a da CDU deu esperança e afirmou que «sim», com o voto
na Coligação entre o PCP, O PEV e a ID, é possível uma vida melhor,
dizendo «não» a política de direita seguida pelo PS, PSD e CDS.
No final, Jerónimo de Sousa, que se fez acompanhar por Bernardino
Soares, Rita Rato e Cláudia Madeira, candidatos pelo círculo eleitoral
de Lisboa, valorizou aquela imensa «marcha» da esperança, a verdadeira
«sondagem» dos e para os portugueses, que perspectiva «uma CDU a crescer
e a avançar», até ao dia 5 de Junho.
«Os portugueses devem furar as contas ao PS, PSD e CDS, pensando,
fundamentalmente, na sua própria vida, nos seus problemas», sublinhou,
frisando que a CDU é «a força que vai estar na Assembleia da República e
fora dela, na sua acção, na sua intervenção permanente, quotidiana, a
combater as medidas injusta da “troika”,que querem aplicar sobre o povo
português». «Nestas eleições para 230 deputados, dezenas deles no
distrito de Lisboa, é importante que se valorize a CDU e os seus
deputados, que, num quadro de prestação de contas, demonstram que
merecem ser reeleitos, porque foram aqueles que se preocuparam com os
problemas da população, com os trabalhadores, os reformados, os pequenos
e médios empresários», salientou o Secretário-geral do PCP.