As medidas restritivas impostas para a contenção da pandemia aumentaram o isolamento social da população e, em muitos casos, as práticas abusivas por parte de grandes empresas que aproveitaram a situação, conduziram ao crescimento do desemprego, à diminuição de rendimentos das famílias com o consequente aumento da procura por bens alimentares.
Existem diversas associações e entidades na área da emergência social que estão no terreno a
trabalhar e que manifestaram a necessidade de reforçar e estabelecer uma melhor articulação das respostas nesta matéria.
Existindo um investimento considerável da CML e de diferentes instituições, é importante que se estabeleçam mecanismos que permitam uma adequada articulação dos recursos e das respostas, em particular no que respeita à coordenação, para chegar a todas as pessoas nas diferentes situações de vulnerabilidade.
Os vereadores do PCP apresentaram ontem em reunião de câmara, uma proposta aprovada por maioria com os votos contra do PSD e do BE (este último com responsabilidades executivas na matéria), que deliberou:
– Promover a criação de um grupo de trabalho, por proposta da Departamento Direitos Sociais, que promova a articulação entre as diversas entidades e associações que se encontram no terreno na área social, de modo a evitar duplicações de apoios e potenciar o trabalho das referidas entidades.
– Definir como um dos objetivos deste grupo de trabalho, a criação de redes locais e identificar as potencialidades de cada entidade que se encontra no terreno e promover o diálogo entre as diversas instituições envolvidas.
– Criação de uma plataforma, que permita partilhar os recursos e ofertas existentes de cada instituição, assim com os apoios prestados.
– Promover a articulação entre a CML e as necessidades de apoio imediatos na zona de Lisboa, detetadas na Linha de Emergência Social da Segurança Social de forma a dar uma resposta mais eficaz.
Consulte a proposta:
Reforçar as respostas da emergência social da Cidade de Lisboa