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PCP rejeita supressão de carreiras da Carris

carrisO PCP, tendo conhecimento da intenção de supressão total e parcial de diversas carreiras de autocarros na cidade de Lisboa, manifesta a sua total oposição à degradação do serviço público prestado pela Carris e às evidentes consequências para todos os que trabalham e se deslocam diariamente na cidade, desrespeitando o direito à mobilidade.

 

Por várias vezes António Costa e o PS na CML têm anunciado a ideia de diminuírem o número de automóveis a circular no centro da cidade de Lisboa, como bandeira propagandística, juntamente com um aumento da cobertura de transportes públicos como alternativa ao transporte individual para circulação na cidade.

No entanto, e na linha do actual governo, do que se trata é de um plano de privatizações sob a capa de uma hipotética eficiência de funcionamento.
Os necessários investimentos na modernização de infra-estruturas e material circulante, que se deveriam realizar por via Orçamento do Estado, continuam por realizar, sendo o motivo a par dos insuficientes montantes das indemnizações compensatórias, pelo qual estas empresas de transportes públicos se encontram em situação de grave desequilíbrio financeiro.

 

A política de António Costa e do PS na CML ruma no sentido da conivência com o Governo PSD/CDS-PP, na supressão de carreiras da Carris, como já aconteceu num passado recente e como poderá vir a acontecer num futuro próximo. Com a agravante por via da diminuição das condições de acesso a transportes por quem vive ou trabalha em Lisboa e por via da diminuição da cobertura da rede de carreiras da Carris.

 

O PCP, tendo conhecimento da intenção de supressão total da carreira 722, de supressão aos fins-de-semana das carreiras 764 e 797 e de encurtamento de metade do percurso aos fins-de-semana das carreiras 706, 712 e 738, manifesta a sua total oposição à degradação do serviço público prestado pela Carris e às evidentes consequências que todos os que trabalham e se deslocam diariamente na cidade, desrespeitando o direito à mobilidade.

 

A supressão de carreiras e horários e a ensaiada fusão com o Metropolitano de Lisboa visam apenas a concessão das linhas e carreiras aos privados e o despedimento de trabalhadores que diariamente asseguram este serviço público essencial à população da cidade.

 

Estamos perante medidas que conduzem a um inevitável desastre social e estamos perante um ataque à mobilidade na cidade, sem se conhecer a posição da maioria PS na Câmara Municipal de Lisboa, presidida por António Costa.
A continuidade das posições anteriormente assumidas deixam aos vereadores do PCP sérias preocupações e irão intervir na próxima reunião da CML, para que esta exija junto da Carris e do Governo a suspensão destas medidas e o reforço do serviço público.