PCP contra saneamento da CML à custa dos munícipes

A coberto do saneamento financeiro da CM Lisboa, a maioria PS/BE fez aprovar um "Plano de Saneamento Financeiro" inspirados nas receitas que o Governo tem imposto ao país: cortes no investimento directo, aumento de impostos sobre os cidadãos e redução em pessoal.

O PCP, que defendeu a decisão de um empréstimo bancário para resolver as dívidas a fornecedores, não pode é aceitar que, à boleia deste empréstimo, se queira fazer aprovar um plano com esta vincada matriz de classe. 


Hoje na CML
Em defesa dos interesses da população da Cidade,
PCP votou contra o chamado ‘Plano de Saneamento Financeiro’


Na sessão de hoje da CML, o PCP votou contra a proposta de um designado Plano de Saneamento Financeiro.

As razões do PCP são as seguintes:

1.O PCP votaria a favor se se tratasse apenas de votar um empréstimo bancário para garantir pagamentos a fornecedores, o PCP votaria a favor, já que, com autonomia e sem submissão ao governo, se transferiam para a banca as dívidas da CML e, em simultâneo, se resolveriam problemas de empresas, sobretudo de pequenas e médias empresas que vivem dificuldades acrescidas por causa das dívidas da CML.

2.O PCP não pode concordar que, sob o álibi do plano, se pretenda luz verde para aumentar para o máximo os impostos e taxas sobre os cidadãos de Lisboa.

3.Não pode aceitar que, sob a mesma protecção, se pretenda reduzir indiscriminadamente e sem nenhum critério definido as despesas com pessoal, eventualmente à custa dos trabalhadores e da dispensa aleatória de uma percentagem de contratados.

4.O PCP não aprova que se pretenda reduzir também indiscriminadamente em 30% a atribuição de subsídios a colectividades e a outras instituições de carácter social.

Esta é uma linha política que o PS segue no Governo e agora também na CML, com o apoio e o voto do Bloco de Esquerda: cortes no investimento directo, aumento de impostos sobre os cidadãos e redução em pessoal.