O vereador do PCP João Ferreira e a deputada municipal Natacha Amaro reuniram-se esta terça-feira com a directora da Escola de Música do Conservatório Nacional, Lilian Kopke, e visitaram as instalações em Lisboa desta instituição de ensino.
Logo no início da visita a directora lembrou que não é a primeira vez que os eleitos da CDU se deslocam às instalações para se inteirarem da
situação do Conservatório, e João Ferreira relembrou as intervenções e moções sobre a necessidade de resolver os problemas da instituição na Assembleia Municipal.
Desde Setembro de 2018, os 750 alunos do Conservatório Nacional, onde se iniciaram obras profundas, têm aulas nas instalações da escola profissional onde se encontra a escola Marquês Pombal. “Inicialmente era suposto ficarmos 18 meses, depois disseram-nos que seriam dois anos, já estamos há mais de três anos e já nos comunicaram que ficaremos mais de seis anos”, afirmou Lilian Kopke.
A escola está numa espécie de terra de ninguém. Nas instalações da Escola Secundária Marquês de Pombal convivem agora várias instituições: o Cenjor (Centro de Formação de Jornalistas), o Instituto de Emprego e Formação Profissional, a Escola Secundária Marquês de Pombal e os alunos de música do Conservatório Nacional.
No final da visita, João Ferreira fez o ponto da situação: “A escola de música está nesta situação, em instalações provisórias, para além do tempo previsto. O que coloca questões ao nível da intervenção no espaço exterior, manutenção do edifício, conservação dos instrumentos, sendo fundamental clarificar-se a responsabilidade das respectivas tutelas. As duas do Estado central e a Câmara Municipal”. O vereador sublinhou que a CDU sempre defendeu, e continuará a bater-se, que uma escola como o Conservatório Nacional, dado as suas características, não pode estar a cargo da autarquia, mas que neste o momento o importante é clarificar a situação e resolver os problemas.
É preciso responder à questão da existência de dinheiro para a manutenção dos instrumentos. É preciso adaptar o rácio de pessoal não docente às características próprias dessa escola. Para esse rácio têm que contar não apenas os 400 alunos do ensino integrado, mas todos os que de facto frequentam as instalações da escola de música, que são cerca de 750. “Há ainda a questão de falta de material informático e falta de manutenção dos espaços exteriores adjacentes à escola, que são um perigo para a saúde pública”, elencou João Ferreira. O candidato, na sequência da recomendação proposta pelo PCP, aprovada por unanimidade, na Assembleia Municipal, em 2021, que defendia a valorização do ensino técnico e artístico do Conservatório Nacional, afirmou que é preciso uma acção continuada no apoio a esta instituição de ensino e sublinhou o papel fundamental que tem no país.