Como resultado das opções políticas levadas a cabo pelo anterior Governo PSD/CDS, de degradação e desinvestimento no serviço público, nos últimos meses tem-se assistido ao agravamento dos problemas nos transportes públicos de Lisboa, com todas as dificuldades associadas à mobilidade e circulação de quem vive e trabalha na cidade.
Nas estações do Metro, a situação é caótica, com muitas máquinas de bilhetes inoperacionais e longas filas nas estações, a que se juntam os longos tempos de espera em todas as linhas do Metro em hora de ponta, a persistência de apenas três carruagens na linha verde e falta de material circulante, situação que se verifica há já muito tempo.
Na Carris, a situação repete-se, com longos tempos de espera pela chegada das carreiras, escassez destas e de horários e com zonas da cidade isoladas por não estarem abrangidas pela rede.
Notícias recentes indicam que a administração da Transportes de Lisboa (TL) pretende continuar a adiar a resolução destes e de outros problemas que impedem a cidade de ter uma rede eficiente de transportes públicos. Esta atitude é inaceitável e demonstrativa da falta de vontade e desresponsabilização quer do Governo PS, quer do Executivo PS na Câmara Municipal de Lisboa, e quer da TL em melhorar as condições de vida das pessoas que circulam na cidade.
O PCP continuará, entre outras medidas, a exigir:
– A imediata contratação dos trabalhadores em falta nos sectores operacionais do Metropolitano de Lisboa, para que sejam repostos os efectivos operacionais necessários à reposição dos níveis de qualidade de transporte que se verificavam antes das rescisões verificadas;
– A imediata libertação de verbas para que se proceda à adequada manutenção da frota do Metropolitano de Lisboa e este tenha os comboios necessários à reposição da oferta;
– A resolução prioritária do alargamento da estação de Arroios, a fim de a dotar de capacidade de circulação de seis carruagens na linha verde;
– A intervenção visando a limpeza e a reparação dos meios mecânicos de acesso às plataformas do Metroplitano de Lisboa e à superfície;
– A imediata reposição na Carris das carreiras e horários suprimidos e em falta, necessários à reposição dos níveis de qualidade de transporte que se verificavam antes do início da reestruturação no âmbito da “Rede Sete”;
– A imediata libertação de verbas para que se proceda a adequada manutenção ou renovação da frota da Carris, onde se mostre necessária à reposição da oferta;
– A reversão, no imediato, dos aumentos dos preços da bilhética verificados desde 2011 e a reposição dos preços anteriores a esta data, e o estudo da possibilidade de, em fase posterior, proceder a novas reduções de preços;
– A reposição do preçário de eléctricos e elevadores da Carris ao nível do serviço de autocarros;
– A resolução das situações de necessidade de transbordo em paragens distantes, com necessidade de deslocação a pé.