encontro juventude

João Ferreira convida os jovens a “serem realistas e a exigirem o impossível”

 
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O candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, O candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, esteve numa iniciativa com dezenas de jovens para ouvir quais os problemas por si mais sentidos na cidade de Lisboa e também para conversar sobre as propostas de medidas necessárias para resolver esses problemas.

 

No início da iniciativa, assistiu-se a uma

performance sobre as problemáticas da juventude com a participação das actrizes Sara Ramos e Mariana Silva, que finalizaram a sua actuação entregando uma carta dos jovens ao candidato.

 

A iniciativa prosseguiu com um painel de seis jovens, sentados ao lado do candidato: cada um deles dá um testemunho sobre os principais problemas sentidos pelos jovens em Lisboa.

 

Começa com o testemunho de Beatriz Figueiredo, que fala da escassez dos transportes públicos. Queixa-se da falta de quantidade e qualidade desses transportes e das muitas limitações em relação às zonas que cobrem. O que obriga que muitas pessoas tenham que optar por recorrer aos transportes privados.

 

Catarina Graça fala da questão da habitação, das dificuldade em arranjar casa e um espaço habitável com boas condições, no centro de Lisboa, com rendas que sejam possíveis de pagar. A este problema central e transversal somam-se as crescentes discriminações feitas por vários senhorios em relação a pessoas de outras etnias e nacionalidades, bem como LGBT.

 

Carolina Santos fala do trabalho e da permanente precariedade das condições laborais, mesmo quando se consegue arranjar um primeiro trabalho; as dificuldades acrescidas que se tem quando se é trabalhador estudante; e os problemas de ter uma vida em que a insegurança no trabalho, trabalhos precários e instabilidades são constantes.

 

António Touguinha aborda os problemas da prática desportiva em Lisboa e a falta de apoio às várias modalidades. São necessárias políticas que apoiem as práticas desportivas e incentivem os jovens a praticar desporto.

 

Adolfo Ribeiro enumera os problemas da criação e acesso à cultura na cidade. Faltam espaços para os diferentes grupos ensaiarem e terem o seu local fixo de criação; quando existem, não se conseguem pagar devido aos preços elevadíssimos. São urgentes novas políticas de apoio à criação artística.

 

Mariana Cal, dirigente do movimento associativo estudantil, queixa-se que a CML não tem uma política que privilegie a comunicação entre as associações de estudantes e a autarquia.

 

No final da iniciativa, João Ferreira lê a carta que lhe foi entregue e reforça a necessidade de existir uma cidade justa para a juventude ter o direito à cidade. Condena aqueles que acham que é inevitável a existência de uma cidade injusta para os jovens e afirma que é possível construir, nesta cidade indesejada, a cidade que queremos. Desafia os jovens com a frase de Che: “Sejamos realistas, exijamos o impossível”.