No momento em que é apreciada, na CML, a proposta que visa aprovar a celebração de Acordo Parassocial entre o município de Lisboa e os restantes accionistas da Valorsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, justifica-se reforçar a posição da CML pela reversão da privatização da EGF, como tantas vezes foi defendida pelo actual Executivo PS e, inclusive, pelo anterior presidente da CML e actual primeiro-ministro, António Costa.
Neste sentido, os vereadores do PCP na CML apresentaram, no dia 15 de Junho, em reunião privada de câmara, uma moção “Por uma Valorsul pública, único garanye dos interesses das populações”, que foi rejeitada com os votos contra do PS, PSD e CDS.
Esta moção visava reiterar a posição de que os municípios devem manter-se unidos na luta pela reversão desta privatização, obrigando assim o actual Governo a cumprir um compromisso eleitoral, que se prepara para não cumprir escudando-se em questões legais quando tem todas as condições políticas para concretizar a reversão desta privatização muito negativa para os municípios e para as populações.
Visava ainda considerar que a adopção deste acordo parassocial possibilita aos municípios prosseguirem, com uma posição institucional mais reforçada e em conjunto com as populações e com os trabalhadores da Valorsul, a luta política e jurídica pela reversão deste processo de privatização e pela anulação do brutal aumento das tarifas dos resíduos sólidos urbanos imposto pelo Governo PSD/CDS-PP.
Com a votação verificada na CML, PS, PSD e CDS mostraram, mais uma vez, que estão unidos naquilo que é estrutural e estratégico para o município. Ao mesmo tempo, o PS mostrou que mudou de opinião e, agora, já não está contra as medidas do Governo anterior nem pretende reverter este processo que levou à privatização da EGF e, por consequência, da Valorsul.
Para o PCP, a luta vai continuar em defesa deste sector estratégico para as populações, para os municípios e para o país.