A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou as conclusões dos Debates Temáticos sobre a Colina de Santana, na semana passada, sem que estas incluam as opiniões e críticas tecidas a propósito do encerramento de hospitais naquela zona da capital. O PCP apresentou uma proposta alternativa, que foi rejeitada pela maioria PS, pelo PSD e CDS.
No passado dia 24 de Março, a Mesa da AML, presidida por Helena Roseta, apresentou e viu aprovada a sua proposta final sobre as conclusões dos Debates Temáticos sobre a Colina de Santana, que contou com os votos contra dos eleitos do PCP neste órgão.
Para o PCP, esta proposta não reflecte nem valoriza a grande maioria das opiniões e críticas sérias manifestadas pelo público interveniente no decorrer dos debates, que foram claramente contra o encerramento dos hospitais da Colina de Santana.
Neste sentido, de acordo com o que têm defendido até aqui, os eleitos do PCP na AML elaboraram uma proposta alternativa, onde consta a oposição ao encerramento dos Hospitais da Colina, que foi rejeitada pela maioria PS, pelo PSD e CDS.
Embora a proposta final da mesa tenha acolhido parcialmente três pontos da Proposta do PCP, os pontos fundamentais, que garantiam a manutenção dos Hospitais abertos ao público e que revertiam os terrenos dos Hospitais à propriedade pública, não foram incluídos.
A proposta da maioria PS, em 2013, de trazer à Assembleia Municipal a discussão sobre os projectos para a Colina de Santana, tinha a intenção, agora evidente no documento da Mesa, em não rejeitar o essencial das propostas contidas nos PIP, apesar de actualmente suspensos mas não afastados, e em elaborar um PAT (Programa de Acção Territorial) que servirá para tudo, apresentando como ponto de partida o encerramento dos hospitais, dando assim cobertura às intenções do PSD/CDS no governo e do PS no município.
O PCP declara que tudo fará para defender os Hospitais da Colina de Santana num futuro melhor para a saúde das populações da cidade e das zonas do país que servem e devem continuar a servir.