A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, por proposta do PCP, posição que defende que as obras do Novo Aeroporto de Lisboa devem avançar rapidamente, nos termos propostos pela Comissão Técnica Independente (CTI), e que o funcionamento do Aeroporto Humberto Delgado se deve circunscrever ao tempo mínimo imprescindível para concluir a construção do novo aeroporto que o vai substituir.
A recomendação delibera ainda expressar aos órgãos de soberania e autoridades competentes profunda preocupação com os aspetos ambientais nocivos para a população de Lisboa motivados pelo tráfego aéreo sobre a cidade, o fim dos voos noturnos e solicitar a tomada de medidas necessárias para o arranque das obras do Novo Aeroporto de Lisboa, considerando os termos propostos pela CTI. E ainda que convide as instituições da cidade e a população a envolver-se num debate amplo sobre os usos a dar aos terrenos de implantação do Aeroporto Humberto Delgado após a sua desativação.
Como é público, a CTI nomeada pelo Governo, avaliou as diferentes opções para o aumento da capacidade aeroportuária de Lisboa e apontou a solução do Campo de Tiro de Alcochete como a que apresenta mais vantagens, depois de um aturado trabalho técnico e científico multidisciplinar, desenvolvido durante meses.
PSD e CDS opuseram-se a esta solução, o que vemos com preocupação até tendo em consideração a ausência de posicionamento do Presidente da CML Carlos Moedas nesta matéria, o que significa não querer resolver este grave problema que persiste na cidade de Lisboa e indica o alinhamento deste com os interesses e posições da ANA/Vinci.
A posição agora assumida pela AML deve ser tida em consideração pelo governo.
Consulte abaixo a Recomendação aprovada “Sobre as conclusões da Comissão Técnica Independente responsável pelo estudo de avaliação de opções estratégicas para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa”.