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PCP questiona executivo da Câmara de Cascais sobre medidas de combate ao covid-19

CMCascaisNa reunião de Câmara realizada ontem, o PCP interrogou o Presidente da Câmara de Cascais sobre as medidas de resposta à situação de pandemia que atravessamos e agradeceu a todos aqueles que têm contribuído para a superação desta situação.

A vereadora do PCP, Sara Lemos, começou por deixar uma saudação e um agradecimento a todos os trabalhadores que não deixam o País parar e que asseguram o funcionamento dos serviços essenciais, da produção de bens, do abastecimento das populações, dos cuidados de saúde, do combate a esta pandemia, da assistência e segurança dos cidadãos e muitos outros que seria difícil enumerar. Entre estes, deixou uma referência especial aos trabalhadores da CMC e empresas municipais – “Um muito obrigada a todos!”

Uma saudação, também, alargada às populações que, de forma voluntária, têm dado cumprimento às orientações e solicitações da DGS e demais serviços da protecção civil.

Sobre o funcionamento das reuniões e dos pontos agendados para discussão o PCP defende que, no quadro actual e sendo certo que o funcionamento dos municípios é fundamental, é obrigatório que a discussão e a actuação se centrem apenas nas questões essenciais necessárias à protecção das populações e à salvaguarda da saúde de todos, concentrando os esforços onde eles são precisos. Por isso considera que agendarem-se reuniões para discussão de quase uma centena de pontos, muitos deles cuja urgência de tratamento não se vislumbra, é contrária a todas as orientações que têm vindo a ser emanadas, não se compaginando com as necessidades que vivemos e com o próprio dever que temos.

Em relação ao transporte rodoviário, e sendo a CMC a autoridade municipal nesta matéria, o PCP afirmou a necessidade de assegurar o funcionamento de carreiras suficientes para garantir a salvaguarda dos utentes e dos trabalhadores, para que não se verifiquem situações de sobrelotação, como algumas que foram tornadas públicas nos últimos dias. Por outro lado, a premência de efectuar uma desinfecção profunda do material circulante não está a ser assegurada com os padrões que a crise pandémica exige, contrariando a propaganda do executivo camarário.

Na recolha e tratamento de resíduos, a situação actual coloca em posição ainda mais vulnerável os trabalhadores da recolha e triagem de resíduos. Não estando garantida a informação à população sobre como actuar, nesta matéria e não havendo garantia do acondicionamento adequado dos resíduos contaminados, a opção pela recolha indiferenciada é aquela que melhor protege os trabalhadores e a população. No entanto, esta orientação não está a ser cumprida.

Como forma de aliviar os muitos prejuízos que a situação actual coloca e face às muitas dificuldades que estão criadas, uma das medidas fundamentais será a redução do custo da água que, em Cascais, representa um valor muito relevante, bem como, a prorrogação dos prazos do seu pagamento.

Sendo a CMC a entidade arrendatária de muitas habitações, é necessário tomar medidas de prorrogação dos prazos de pagamento, para salvaguarda das famílias.

O PCP questionou, ainda, os moldes de funcionamento do centro de rastreio do COVID-19 montado no Centro de Congressos do Estoril e em que moldes irá funcionar o que será instalado em S. Domingos de Rana. De acordo com a notícia apresentada no jornal da noite da SIC, este centro pode atender não apenas os casos prescritos pelo SNS como também outros cidadãos assintomáticos que queiram fazer o teste, pagando um montante para tal. A ser verdade esta situação, o PCP não pode deixar de manifestar a sua oposição a esta prática tendo em conta que face à limitação de disponibilidade prevista de testes e de capacidade de resposta laboratorial, todos os esforços devem centrar-se na realização de testes aos utentes referenciados via SNS e não serem usados em quem, por descargo de consciência, pretende fazer o despiste, favorecendo assim o negócio de entidades privadas.