Gestão Pública do Hospital Amadora-Sintra, precisa-se!
PS leva Câmara a apoiar o Grupo Mello, CDU votou contra, em defesa dos utentes do Hospital
PS dá força ao Grupo Mello
A melhor prova disso está na própria filosofia exposta pelo Grupo Mello. Este Grupo não precisa do dinheiro das câmaras. Precisa é da força das câmaras para ganhar o concurso que se segue.
Da parte do PS trata-se de um duplo erro: por um lado, a acomodação a um modelo errado de gestão; e, por outro lado, o favorecimento indevido de um concorrente em detrimento de outros.
Uma tramóia desmontada
O que o Grupo Mello está a fazer é apenas descaradamente servir-se das câmaras para garantir que vai continuar com a gestão do Hospital.
A tramóia é muito simples.
O Hospital Amadora-Sintra deve voltar à gestão pública, deve ser gerido, isso sim, por gestores públicos.
Essa é a única via. Todas as outras, como se sabe, são apenas formas de roubar os cofres do Estado e de prejudicar a saúde dos portugueses.
Razões fortes da CDU e das populações contra esta decisão
As razões do voto da CDU são claras e coerentes:
1º – Não faz sentido nenhum um Hospital público seja gerido por um grupo privado;
2º – Menos ainda faz sentido que uma câmara como a da Amadora decida dar força a esse grupo privado para perpetuar a sua gestão e antecipar na prática o resultado do concurso público seguinte.
Por desinvestimentos óbvios, perde-se qualidade de vida na Amadora (disso é prova o posicionamento em último lugar no Ranking de um Jornal Nacional) quando afinal existe dinheiro para investir num grupo privado que nos trata (mal) da Saúde.
Mais verdade é, quando a proposta da Camara Socialista diz no seu ponto 7: “ Para dar cumprimento aos objectivos propostos pela Sociedade Gestora….”
Face a todos estes dados, a CDU, só poderia votar contra esta proposta.
Há ainda uma oportunidade para que reine o bom-senso e para que esta tramóia não vá para a frente.
É que tudo ainda depende da aprovação da Administração Regional de Saúde e do Ministro da Saúde.
… Mas a luta das populações e das Comissões de Utentes é a única garantia de que defenderemos os nossos reais interesses em termos Serviços de Saúde Pública eficientes e dignos.
Amadora, Fevereirode 2007