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Para que a Humanidade não esqueça os criminosos bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagasaki

hiroshima.jpgNa data que assinala a tragédia que significou os
bombardeamentos atómicos das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki,
o Conselho Português para a Paz e Cooperação entende ser seu dever
alertar o povo português para o perigo real que representa hoje, 64
anos depois, a existência de 26.000 ogivas nucleares. Assinala ainda
que esse perigo é agravado pelo facto de potências, como os EUA e a
NATO, avocarem a possibilidade de utilização da arma nuclear, em
primeira-mão, em teatro de operações bélicas, incluindo contra países
que não a detém.

Para que a Humanidade não esqueça!

Declaração do Conselho Português para a Paz e Cooperação

Na data que assinala a tragédia que significou os bombardeamentos atómicos das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, o Conselho Português para a Paz e Cooperação entende ser seu dever alertar o povo português para o perigo real que representa hoje, 64 anos depois, a existência de 26.000 ogivas nucleares. Assinala ainda que esse perigo é agravado pelo facto de potências, como os EUA e a NATO, avocarem a possibilidade de utilização da arma nuclear, em primeira-mão, em teatro de operações bélicas, incluindo contra países que não a detém.

As armas nucleares representam um dos piores pesadelos da humanidade. No dia 6 de Agosto de 1945, às 8 horas da manhã, uma única bomba num único instante, mudou o mundo para sempre. Aquele que seria mais um dia de verão, transformou-se num inferno na terra arrastando consigo milhares de vidas humanas.

Lembramos hoje sentidamente, as vítimas de Hiroshima e Nagasaki e recordamos igualmente, os responsáveis de tal crime e a desumanidade que demonstraram ao lançar três dias depois uma nova bomba nuclear, dessa vez sobre Nagasaki Os EUA nunca foram julgados pelo crime que significou a utilização da arma nuclear contra o povo japonês, já na altura derrotado. Nunca foram responsabilizados pelos mortos que causou tal selvajaria, e que se tornaram incontáveis ao longo dos anos que se seguiram, nem pela escalada armamentista que despoletou.

O Conselho Português para a Paz e Cooperação, que tem como princípio fundador a defesa do desarmamento geral, simultâneo e controlado, participa de corpo e alma na preparação da Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear 2010, que levará até à sede das Nações Unidas no próximo ano, a reivindicação dos povos de todo o mundo, de um mundo livre de armas nucleares.

Nesse sentido, apelamos aos órgãos de comunicação social, às organizações e instituições democráticas, aos homens e mulheres deste País, para que se empenhem na criação de uma opinião pública que exija o cumprimento e o compromisso do governo Português na defesa dos Tratados internacionais conducentes à não proliferação e à abolição das armas nucleares. Que se empenhem na luta contra a NATO e a militarização da União Europa, e se batam pelo fim das guerra de ocupação que visam única e exclusivamente manter o mundo refém das pretensões hegemónicas das grandes potências imperialista.

Convida ainda todos os portugueses e portuguesas a se unirem ao abaixo-assinado Por um mundo livre de armas nucleares, para que não se volte a viver o inferno do terror nuclear e possa viver em paz, que é o maior e mais profundo desejo de toda a Humanidade.

Lisboa, Agosto de 2009