campanha do PS
António Costa, Presidente da CML pelo PS e candidato do PS a novo mandato, entrou agora naquilo que parece o arranque de um ciclo de desperdício de dinheiros públicos em materiais de propaganda eleitoral.
Mais e tão grave quanto isso: em alguns desses materiais de propaganda são divulgadas informações erróneas (mentiras).
Com a chancela da CML e paga com dinheiros públicos, estão em distribuição vários documentos – seguramente aconselhados por consultores de propaganda eleitoral – que a CDU denuncia.
No último fim-de-semana, saíram em vários jornais encartes designados «Carta Estratégica», um material espalhado aos milhares de grande apresentação e caríssimo, com um conjunto de ideias gerais ainda não discutidas na CML nem na Assembleia Municipal definidas por um conjunto de comissários, alguns dos quais já trabalharam com Santana Lopes e a concretizar no horizonte temporal de 2010 a 2024.
Tudo isto, à conta do erário municipal e com um só objectivo: que se fale da CML de gestão PS.
Tal modelo é condenável, no entender da CDU. Trata-se de um método infelizmente cada vez mais frequente e agora em aberto e franco progresso na Cidade de Lisboa. Com o aproximar das eleições esta situação é ainda mais condenável do que nunca.
À falta de obra, o PS e António Costa remetem para o futuro tido o que nãoi fazem no presente.
Esta brochura, tudo indica, faz parte de um programa de promoção em curso. Certamente aconselhado por consultores eleitorais. Mas nem por isso menos ilegítimo e menos grave.
Em documento anteriormente distribuído em caixas de correio pela Cidade – outra verdadeira destruição de recursos financeiros da autarquia em situação de debilidade crescente – foram inclusive divulgadas mentiras como estas: construção de 80 km de corredores BUS (é mentira); 40 km de vias cicláveis (nenhuma em funcionamento); criação do Conselho Municipal da Juventude (é mentira: foi criado em 1995, encontra-se suspensa pela Assembleia a sua implementação por provável infracção da Constituição e, lei recente), garantia de financiamento par4a reabilitação urbana (não é verdade: a Assembleia Municipal não garantiu a votação qualificada exigida na lei).
O PS não vai por bom caminho, a seguir por aqui.
António Costa tem de assumir as suas responsabilidades e conter de imediato este desperdício ilegítimo de dinheiros públicos, o que está a fazer lembrar outras experiências autárquicas recentes e por todos condenadas.
A CDU não se coíbe de recorrer às instâncias que a lei permite para conter a hemorragia de dinheiros municipais, se tal se mostrar necessário.
Lisboa, 13 de Julho de 2009
A CDU de Lisboa