Pela garantia da atividade da Academia de Amadores de Música

Como tantas outras entidades em Lisboa, a Academia de Amadores de Música (AAM), criada com o intuito de desenvolver a cultura musical em Portugal, enfrenta a difícil circunstância de ficar em breve sem sede. Esta associação cultural sem fins lucrativos de utilidade pública, fundada em 1884, desenvolve a sua atividade desde 1938 na Rua Nova da Trindade, no Chiado.

Há mais de 2 anos, e em resposta a um requerimento dos vereadores do PCP, a Câmara afirmou estar a acompanhar atentamente a situação e que manteriam empenho já manifestado de prosseguir todos os esforços para, em conjunto com a Academia, encontrar uma solução que permitisse a continuidade desta instituição e o desempenho da sua vocação. A direção da Academia, na ausência de apoio por parte de entidades públicas, negociou sozinha um acordo com o senhorio e terá de deixar as instalações no Chiado até agosto de 2025, o que significa que garantirá apenas mais um ano letivo.

Mais de 10 meses passados, continuamos sem respostas concretas e aumentam os receios e a incerteza pela manutenção da atividade da Academia de Amadores de Música.

Independentemente da solução a encontrar, pública ou privada, municipal ou central, é por demais evidente a urgência de envidar esforços para encontrar um espaço adequado. E é urgente para aqueles mais de 300 alunos mas também é urgente para os seus pais, para os professores e outros trabalhadores, para a direção da Academia. É urgente para todos e também para a cidade de Lisboa, para o seu património, cultura e identidade. É essa a razão desta Recomendação que foi aprovada por maioria com o voto contra de uma deputada municipal não inscrita.

Consulte aqui a recomendação aprovada: