Este 18 de Março, assinala-se mais um aniversário da Comuna de Paris de 1871. Para o assinalar, editou a SIP/DORL um CD interactivo, composto por um vasto conjunto de materiais de estudo sobre a Comuna, desde uma breve apresentação da mesma até aos estudos de Marx, Engels e Lénine. Este material, pode ser encomendado aqui por 2,5€, ou comprado na Banca do CTV.
Na último sábado, foi aprovada no encontro do PCP sobre a precariedade uma Moção sobre este Aniversário da Comuna, que pode ler em Ler Mais.
Homens, mulheres e crianças, amarrados pelo capitalismo a uma vida de exploração e miséria, a uma vida de total precariedade, decidiram não apenas enfrentar e resistir aos senhores, mas derrubá-los.
Ergueram, por 72 dias, o mais democrático e justo Estado que alguma vez se organizara na história: o Estado Proletário!
Todos os podres poderes da Velha Europa se uniram para esmagar o futuro.
Numa luta desigual, a Comuna foi afogada no seu próprio sangue.
Mas não se pode chacinar o futuro!
Os trabalhadores continuaram a resistir e a lutar, a aprender com as derrotas e com as vitórias e a reforçar a sua organização.
Empurrada por essa luta dos trabalhadores, a Humanidade avança, ainda que de forma desigual. Direitos negados a centenas de gerações de explorados vão-se universalizando: saúde, educação, habitação, salário, estabilidade laboral, férias, segurança social, e tantos outros.
Mas as forças do passado, do imperialismo e da guerra, da exploração e da precariedade, da injustiça e da barbárie, não são derrotadas facilmente.
Prova disso é a actual contra-ofensiva em que se encontram, lançada na sequência da derrota da revolução socialista na URSS.
Numa ofensiva global, procuram destruir todos os direitos que dificultam a exploração dos trabalhadores.
Contudo, por todo o mundo, esta ofensiva enfrenta uma crescente resistência dos trabalhadores e dos povos, que em muitos processos conseguem mesmo impôr novos avanços.
Ao lembrar hoje a Comuna, os alvores da emancipação humana, sublinhamos que a precariedade não é o nosso futuro, é o nosso passado. É o passado de milhares de anos de sociedades assentes na exploração do Homem pelo Homem e dominadas pelas classes exploradoras.
Ao lembrar hoje a Comuna e os seus mártires, sublinhamos que saberemos honrar as gerações de trabalhadores que ao longo dos séculos se ergueram, e sem quaisquer direitos os foram conquistando.
Ao lembrar hoje a Comuna sublinhamos a nossa consciência de que estamos a participar na luta final que nos levará até à vitória definitiva dos escravos sobre os senhores, do trabalho sobre o capital!