Tendo tomado conhecimento da gravidade do surto de infecção por Covid-19 na Tratolixo, que nos últimos 15 dias levou à contaminação em cadeia de cerca de 30 trabalhadores, o PCP interpelou o Presidente da Câmara de Cascais sobre esta ocorrência. Denunciou o manifesto incumprimento, por parte da empresa, das imperativas condições de higiene e segurança que acabou por resultar na contaminação em cadeia de cerca de três dezenas de trabalhadores, afectando diversos serviços, principalmente, das linhas de triagem.
Na resposta, o Presidente da Câmara de Cascais, uma das câmaras acionistas da Tratolixo e que tem na sua área municipal a central de recepção e triagem de resíduos sólidos onde se despoletou o surto, afirmou desconhecer qualquer foco de contaminação na empresa e, por essa razão, nada poderia dizer.
O Vereador do PCP, Clemente Alves, estranhando a resposta, pois tendo a Câmara responsabilidades na empresa que não deverão permitir o desconhecimento de tão grave ocorrência, insistiu para que a Câmara tomasse medidas no sentido de verificar a existência e aplicação do Plano de Contingência e Defesa contra o Covid-19. O Presidente da Câmara tentou desresponsabilizar-se afirmando que não compete à Câmara (accionista da Tratolixo) vigiar a existência de tal Plano, quer na Tratolixo quer em outras empresas do Concelho, pois isso é incumbência das autoridades de saúde. No entanto, contradizendo-se, afirmou que iria pedir informações sobre o ocorrido na reunião de accionistas com a administração que vai decorrer nos próximos dias.