Os trabalhadores da Pereira da Costa Construções, há mais de um ano em vígilia frente à sede da empresa, e que ainda no passado dia 18 levaram a sua luta para a grande manifestação da CGTP-IN (como ilustra a foto), averbaram uma importante vitória, como noticia "O Avante!", ao conseguirem um acordo para pagamento das dívidas aos trabalhadores. Os trabalhadores, em plenário, decidiram manter a vígilia até à total concretização deste acordo.
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Podes recordar o vídeo de Homenagem à luta destes trabalhadores, aqui.
Pereira da Costa vai pagar
Na segunda-feira à noite, representantes dos trabalhadores da Pereira da Costa Construções, da administração e do IAPMEI acordaram uma proposta para liquidação dos créditos dos operários.
«Estamos,
sem dúvidas, perante uma grande vitória dos trabalhadores, ao fim de
mais de um ano de resistência», comentou o presidente do Sindicato da
Construção do Sul, depois de informar que a proposta saída da reunião
no IAPMEI mereceu, terça-feira, aprovação unânime em plenário. Para
João Serpa, o acordo de pagamento, que «contempla todos os direitos que
a empresa se recusava a pagar», só foi possível pela luta desenvolvida,
que exigiu sacrifícios no plano pessoal e familiar, com o apoio do
sindicato e com a activa solidariedade do movimento sindical unitário,
particularmente a União dos Sindicatos de Lisboa e a Federação da
Cerâmica, Construção e Vidro, e do PCP, a vários níveis.
reunião de segunda-feira, a administração alterou a sua «estimativa» da
dívida aos trabalhadores, de um milhão para um milhão e meio de euros.
Mesmo assim, este valor ficava aquém do que resultou do levantamento
dos créditos, feito pelo sindicato (1,7 milhões). O acordo acabou por
estabelecer a dívida em 1,6 milhões de euros.
Ficou definido que, no momento da assinatura do acordo (prevista para a próxima semana), a Pereira da Costa Construções
entregará ao sindicato um cheque visado, no valor de um milhão de
euros, por conta da dívida aos trabalhadores. Reverte igualmente para
pagamento aos operários uma verba de 300 mil euros, que resultou das
penhoras ordenadas por iniciativa dos trabalhadores. Os restantes 300
mil euros deverão ser liquidados pela administração, num prazo de 90
dias; caso não efectue este último pagamento, a empresa perderá o
adiantamento inicial de um milhão de euros (como sucede com o «sinal»,
nos contratos-promessa de compra e venda).
decidiu que os trabalhadores vão manter-se junto às instalações da
empresa, na Venda Nova, Amadora, até o acordo ser assinado e os
pagamentos realizados.