Sector da Energia apela à luta para 18

O Sector de Energia do PCP apela a todos os trabalhadores para participarem na grande jornada de luta da CGTP-IN marcada para 18 de Outubro. Destacando as formas concretas como o Governo anda a tramar os trabalhadores no sector e em geral, sublinha que esta política não é inocente: serve os interesses dos grandes grupos e famílias, cuja fortuna e poder não pára de aumentar.



AOS TRABALHADORES DA ÁREA DA ENERGIA

Com a ausência de Plano Energético Nacional; a par de uma política de combustíveis e electricidade subordinada aos interesses dos grandes grupos económicos e da privatização dos sectores chave da economia essenciais para o País, como são os casos da Galp Energia e a EDP que arrecadam cada vez mais lucros para encher os bolsos do grande capital que a domina e:
 
Os consumidores pagam cada vez mais pelos produtos combustíveis e electricidade, a par do aumento em cadeia dos bens essenciais.

Os trabalhadores da Galp Energia e EDP cada dia que passa vêem mais ameaçados os seus direitos e regalias sociais, verificando-se uma clara regressão social.

 
Na EDP assiste-se à redução de pessoal efectivo. A empresa entregou parte do trabalho que era feito por pessoal seu a prestadores de serviços, baixando deste modo a segurança, o trabalho qualificado e os níveis de segurança dos consumidores
 
Alterou os horários
 
Mudou fisicamente alguns postos de trabalho após férias, sem dar conhecimento atempado aos implicados
Reestruturação com transferência de trabalhadores para outras empresas do Grupo, criadas ou a criar, sem a garantia de aplicação do ACT
 
Aumento da contribuição dos trabalhadores para o Sistema de Saúde; paralelamente reduz-se o número de Postos Médicos tornando o acesso a estes serviços mais complicado
 
Os trabalhadores admitidos recentemente gozam de condições inferiores às dos seus colegas, visto que não são abrangidos pelo ACTV

O Governo anda a tramar a nossa vida!

 
Se a todos estes aspectos acrescentarmos a Flexigurança e a alteração do Código do Trabalho que visam:
 
A facilitação dos despedimentos individuais sem justa causa
 
A eliminação do conceito de horário de trabalho diário de 8 horas, substituindo-o pela avaliação do horário semanal e anual
 
Abertura da possibilidade de redução dos salários e dos subsídios de férias e Natal
 
Fragilização da contratação colectiva para eliminar os direitos dos trabalhadores que esta consagra
 
Desresponsabilizar o Estado em matéria de justiça laboral, mantendo a ineficácia da inspecção de trabalho
 
Ataque aos sindicatos para enfraquecer a sua capacidade de defesa dos trabalhadores.

É uma autêntica declaração de guerra do Governo PS aos trabalhadores portugueses!

 
A precariedade: mais de 860 mil trabalhadores têm contratos a prazo (22,7%), a taxa mais elevada da Europa;
1 milhão de trabalhadores está em situação precária ou seja 1 em cada 4 trabalhadores é precário
 
Promove a privatização e encerramento de Serviços Públicos, Maternidades, Urgências Hospitalares, escolas, Postos da GNR e outros Serviços, numa política de abandono das populações.

A quem é que serve esta política? Aos ricos que estão cada vez mais ricos!

 
Os grupos económicos e financeiros, as multinacionais e os grandes capitalistas não param de acumular lucros fabulosos.
 
Os lucros dos cinco maiores grupos bancários, a Galp, PT, EDP e Sonae, somaram mais de 5,3 mil milhões de euros em 2006. no primeiro semestre de 2007 subiram mais de 22% em relação ao ano anterior.
 
As fortunas dos 100 mais ricos de Portugal aumentaram 35%.

Está na hora de dizer basta! É necessária outra política que rompa com a subordinação das orientações do capital e dê resposta às sentidas dificuldades dos trabalhadores.

 
Por tudo isto apelamos à tua participação na Manifestação marcada pela CGTP/IN para o próximo dia 18 – às 14h30 – dos Olivais para o Parque das Nações