DECLARAÇÃO DE VOTO DOS VEREADORES DA CDU
1ª
Revisão Orçamental
Em
relação à proposta de Revisão Orçamental, aprovada pelo PS/PSD e
vereador independente, queremos em primeiro lugar e desde já
expressar, mais uma vez, o nosso mais veemente protesto pela prática
de profunda desconsideração politica e democrática, que
reiteradamente esta câmara vem demonstrando consecutivamente.
É
inadmissível que um documento estruturante, fundamental, com a
dimensão e alcance que este representa, seja entregue no gabinete
dos vereadores da CDU às 16h24 da passada segunda feira, 6 de Abril.
A
presente revisão orçamental impõe-se, como é natural para a
inclusão do saldo de gerência de 2008, que se situou nos 2 947
075,91 €. Comparativamente com o saldo de gerência do ano de 2007,
houve uma significativa diminuição, (menos 2 milhões e novecentos
mil euros). O que afirmámos em 2008 estava certo. A maioria desta
câmara andou a não investir nos anos anteriores para em ano
eleitoral parecer que fez muito. As dívidas, essas ficarão para as
futuras administrações pagarem …
Reportando-nos
exclusivamente ao mencionado no preâmbulo, (pois não nos foi dada a
possibilidade de melhor análise) vemos reforços para escolas EB 2,
3, no valor de mais de 3 milhões de euros, que são da
responsabilidade da administração central, mas esta câmara insiste
em substituir-se ao governo.
Somos
os primeiros a exigir e a reivindicar a construção destas e de
outras escolas, mas somos também os primeiros a dizer que deve haver
a separação de poderes e de competências. É ao Governo que cabe
essa responsabilidade, mas o que interessa agora a esta maioria são
as flores, a propaganda e o “show-off” que poderão fazer a curto
prazo.
A
revisão orçamental proposta não introduz alterações de fundo
quanto à estratégia do municipal, quer ao nível da captação de
receitas, quer ao nível da afectação de despesas, quer ainda ao
nível do seu plano de actividades, e tendo já a CDU se revelado
crítica no passado quanto a esta estratégia, o voto dos vereadores
da CDU, relativamente à 1ª revisão orçamental não pode ser outro
senão o da reprovação, o nosso voto contra.
Odivelas,
8 de Abril de 2009