O Jornal da Região, na sua edição de 20 de Maio corrente, publica a assinatura entre a Câmara Municipal de Oeiras e as cinco freguesias do concelho aquilo que no texto se afirma serem “os contratos interadministrativos que estabelecem a descentralização de competências” para as freguesias. Na realidade o que foi assinado foram esses contratos e os acordos de execução que a Lei define (não sendo, contudo, respeitada). Já foi feita referência, em notícia dada nesta página (ver aqui), ao que representa a mísera verba transferida (e que o quadro ao lado documenta, comparando a verba transferida pela CMO com os outros concelhos da Grande Lisboa). Igualmente foi referido que a CDU se prepara para apresentar participação ao Delegado do Ministério Público, sobre o que considera uma fraude e não cumprimento da Lei 75/2013.
A referida notícia mostra os Presidentes da câmara e das juntas sorridentes, num despropósito, dado que a cerimónia os deveria envergonhar. E não somos (só) nós, CDU, que o dizemos. O Presidente da União das Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, à sua maneira, também o diz. E escreve assim: «Já não há pachorra para passar o dia inteiro a discutir os traços amarelos, a pintura das passadeiras, os buracos na calçada, a fragilidade da vedação, as pulgas nos arbustos, a limpeza das ruas… porque não leva a lado nenhum… porque não há competências… porque não há dinheiro, logo, não há pessoal; logo, não há equipamento; logo, não há obra; logo há munícipes insatisfeitos; logo, há presidentes frustrados.Eu sou metade da Câmara?? Então dêem-me metade do orçamento!!» (extrato do texto de Nuno Capilho editado no Jornal da Região, de 13 de Maio).
Com um pouco mais de coerência, a falta de pachorra que regista devia levá-lo à resignação do cargo.